Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) expressaram perplexidade e inconformismo com a posição adotada pelo ministro Luiz Fux no julgamento da tentativa de golpe de Estado, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, o grande ponto de crítica entre os ministros foi a contradição entre o voto de Fux na fase inicial do processo e sua postura recente.
No passado, Fux se alinha aos colegas ao aceitar a denúncia contra Bolsonaro e os outros acusados de envolvimento no golpe de Estado, tornando-os réus. Porém, sua mais recente argumentação, de que o STF não teria jurisdição sobre o caso, foi vista como incoerente, dado que sua posição anterior indicava justamente o contrário.
"Incoerência clara", dizem ministros
"Há uma incoerência clara entre o voto de Fux ao aceitar a denúncia e sua atual postura", disseram ministros em conversas privadas. Para muitos, a alteração de posição de Fux parece contradizer os princípios do julgamento e enfraquecer a confiança na imparcialidade da Corte.
Os ministros do STF, que já havia votado pela continuidade da denúncia, agora se questionam sobre a consistência do voto de Fux. Em discussões internas, ficou claro que a divisão sobre o caso está diretamente relacionada a essa mudança de postura do ministro, que parece ter se afastado da lógica do processo.
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