O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), declarou nesta segunda-feira (22) que não há elementos para que seja instaurada uma investigação contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O parlamentar, que fez carreira na polícia como homem destemido, responsável pela descoberta da ossada do nazista Joseph Mengele no interior paulista e pela prisão do mafioso italiano Tommaso Buscetta, desta vez parece ter se intimidado com o dito “coronel maranhense”. Diante dos escândalos recentes que atingem o Congresso Nacional, como ilegalidades em contratos, pagamentos irregulares de horas extras, uso indevido de verba indenizatória e passagens aéreas, além dos atos secretos que têm como protagonista o próprio Sarney, Tuma hesitou. “Ele está determinando a apuração dos fatos. Não vejo elementos [para investigá-lo]”, afirmou após o encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em São Paulo. Mais do que isso, o senador policial disse ainda que os problemas são frutos exclusivos de picuinhas internas. “Houve uma disputa política pela Presidência do Senado e ela dividiu os funcionários que tinham responsabilidade moral de fiscalizar os atos. Agora, eles estão denunciando para desmoralizar um ao outro”, afirmou. Para fechar com chave de ouro, o senador proferiu que a corregedoria agirá “na hora em que a denúncia atingir algum senador especificamente”. Ao que tudo indica, o petebista perdeu a mira.
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