Lula é o bônus, Dilma é o ônus.

Depois de tentar, sem conseguir, afastar a ministra chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, dos braços do PMDB baiano (leia-se ministro da Integração Regional, Geddel Vieira Lima), porque ela ainda fez pior: além de convidar Geddel para vir com ela a Salvador, no mesmo avião, ainda convidou até o senador César Borges (PR), outro adversário declarado do governador Jaques Wagner, para estar, nesta sexta-feira, em Feira de Santana, o PT baiano mudou o discurso. .
Aquele meu amigo petista (refiro-me a ele assim, porque me proibiu de identificá-lo) telefonou para dizer que Dilma está liberada para o convívio com Geddel e com o PMDB na Bahia, mas o mesmo não deverá acontecer com o presidente Lula. Na campanha, o PT garante que o maior fenômeno de popularidade que já ocupou o Palácio do Planalto estará cem por cento ao lado da campanha de reeleição de Jaques Wagner e que não subirá no segundo palanque que os peemedebistas vão montar no Estado. .
A conclusão do nosso petista ficou mais ou menos assim (não me recordo de todas as palavras, mas o sentido e a ironia são estes: ”Assim, meu amigo, nós ficaremos com o bônus, que é Lula, transferindo votos para Wagner, enquanto o PMDB ficará com o ônus, que é Dilma, precisando que os peemedebistas lhe transfiram votos“. .
Ele só esfriou um pouco quando lembrei que Lula, na sua primeira visita à Bahia após o rompimento da aliança PT-PMDB, sairá de Brasília acompanhado do ministro Geddel Vieira Lima para acompanhá-lo, na próxima quarta-feira, dia 14, na visita a obras nos municípios de Barra e Xique-Xique. E os dois estarão, lado a lado, com Jaques Wagner, mostrando que o presidente não está vendo o fim da aliança na Bahia com os mesmos olhos do PT estadual. .
Ainda o ouvi dizer, quase gritando, antes de desligar: “Mas na campanha será diferente!”

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