DEBATE É MARCADO POR ATAQUES
Foto: Uol
O medo do enfrentamento devido às estratégias de marketing eleitoral, que repudiam a agressividade, foi deixado de lado pelos presidenciáveis no primeiro debate do segundo turno. Além das polêmicas já esperadas, como a legalização do aborto, a petista Dilma Rousseff tentou inserir na pauta da eleição deste ano o mesmo tema que derrotou Geraldo Alckimin (PSDB) em 2006, as privatizações do governo FHC. Quem tomou a iniciativa de partir para cima foi Dilma, que disse estar sendo vítima de "calúnias, mentiras e difamações" e acusou o vice de Serra, Índio da Costa, de organizar grupos para atingi-la. Serra rebateu: "Você disse que era a favor da liberação do aborto, depois disse que era contra. Aí se trata de ser coerente, de não ter duas caras". Em resposta, Dilma chamou o adversário de "mil caras". A petista disse ainda que foi o próprio Serra, quando ministro da Saúde, quem "regulamentou o acesso ao aborto" no SUS (Sistema Único de Saúde).
BOATO DE LESBIANISMO FOI ÁPICE PARA DILMA
De acordo com o jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) adotou tom agressivo em debate realizado na Rede Band, na noite deste domingo (10), devido à sua chateação com mais um falso boato com o fim de atingir sua candidatura. Até então, duas falsas notícias atormentavam o comando da campanha da petista – a que teria dito que “nem Jesus Cristo” tiraria sua vitória, e outra informando que a candidata seria a favor do aborto. Antes do debate, o comitê de campanha foi informado acerca de um falso processo judicial que circula na internet. Na peça, um suposto advogado aciona Dilma em nome de uma hipotética ex-doméstica da candidata. A empregada fictícia sustenta no processo ter mantido com Dilma um relacionamento amoroso de 15 anos e cobra indenização. Uma simples consulta no registro da OAB do advogado da causa foi o suficiente para demonstrar a falsidade da informação. Dilma e seus assessores acreditam que o ataque partiu da campanha de José Serra (PSDB).
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