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RAIO LASER

Coluna do dia 24/01/2013

Mostrou forçaEmbora num primeiro momento possa parecer que o grande vitorioso no embate pela presidência da UPB tenha sido o atual presidente da entidade, Luiz Caetano, não há como esconder que foi a partir da entrada do secretário Rui Costa no combate que as coisas começaram a mudar. Foi de Rui toda a ação para neutralizar a candidatura de Wilson Andrade com uma candidata do seu partido, o PSB, inibindo até mesmo a senadora Lídice da Mata a entrar com tudo no pleito. Tirou também a marca chapa branca da chapa, que prevalecia com a candidata anterior, Rilza Valentin, do PT, e quando passou a mobilizar as bases veio o desequilíbrio na disputa. 
Sai bem o secretário Rui deste primeiro teste.
Franco atirador 
Franco atirador contra o governo do Estado, o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, fez questão de comparecer à eleição para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) em apoio ao prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), e não perdeu a oportunidade de alfinetar o governador Jaques Wagner (PT), que, segundo ele, deveria não ter se envolvido com a UPB e mantido a neutralidade. “Ele deveria chamar os secretários dele e não se envolver diretamente. Se Quitéria for derrotada, tem que ser atribuída a ele sim”, provocou o deputado.

Só em 2014
Questionado se a vitória da prefeita de Cardeal da Silva fortaleceria o seu nome para ser o candidato à sucessão de Wagner, Luiz Caetano foi escorregadio. “Só falo em governo em 2014 , se esquivou.

Confuso

Ao adiar o pronunciamento sobre as mudanças previstas para o primeiro escalão de sua gestão, o governador Jaques Wagner (PT) prolongou mais um pouco o “martírio” dos secretários que, segundo especulações, devem perder o comando das pastas.  A alegação de Wagner para o não pronunciamento foi a mudança de fuso horário, o que teria deixado o petista “confuso”.

Silêncio dos inocentes
Se calado estava, mais calado ficou o vice-governador Otto Alencar. Primeiro porque se manteve neutro em todo o embate, notadamente na reta final, acompanhando a postura do titular, o governador Jaques Wagner, que, aliás, mostrou como deve agir o chefe do poder no Estado diante de um embate que deveria dizer respeito apenas aos prefeitos. Mas o silêncio de Otto se serve para abrigá-lo de uma eventual partilha na derrota do candidato que teve a simpatia do seu partido, o PSD, também já lhe serviu de alerta de que se sonha em morar quatro anos em Ondina deve buscar rotas alternativas. O PT não cogita nem de longe lhe facilitar a vida nessa direção.

Osso duro 
O ex-prefeito Luiz Caetano pode carregar na bagagem um título que bem o credencia: é do tipo vencedor. Ganhou a prefeitura de Camaçari, num embate feroz, e agora, manteve a UPB numa eleição que muitos consideravam dificílima. Vai invicto para 2014.

Os coadjuvantes
Mas não é justo também creditar só a ele os méritos pela vitória de Quitéria. Alguns atores coadjuvantes tiveram papel-chave na disputa, entre eles, dois em especial: o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, e o deputado federal João Leão, do PP. Além de mostrarem que a base aliada unida é e será páreo duro em qualquer circunstância, se cacifaram junto ao Palácio de Ondina quando o assunto 2014 aparecer sobre a mesa.

Retribuição
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) assumiu de vez a postura de principal opositor ao governo ACM Neto (DEM). Ontem, na eleição para a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), ele comentou a escolha de Sósthenes Macedo para a Prefeitura bairro do Subúrbio. “Aos poucos vamos vendo alguns quadros de João Henrique na gestão dele. É uma retribuição ao apoio que recebeu na campanha”, alfinetou.

Desocupa, hein?
Afinal, onde foram parar os articuladores do movimento “Desocupa Salvador”? Faziam parte apenas de uma patota interessada em criticar o ex-prefeito João Henrique (PP) e criar problemas para a gestão anterior e, desta forma, ajudar a eleger alguns candidatos a vereador? É o que está parecendo, já que nenhuma das lideranças da época se manifesta mais sobre nada.

Influência 

A maioria dos prefeitos quando questionados sobre a escolha por Quitéria ressaltavam que “a entidade precisava ser presidida pela sensibilidade feminina”. O prefeito de Alcobaça, Bernardo Olívio (PV), disse que havia chegado a hora de uma mulher liderar. Segundo ele, o Partido Verde deixou os prefeitos livres para escolherem quem quisessem. Esse não foi o caso do prefeito João Almeida (PP), de Itaberaba, que ao ser perguntado foi taxativo: “O diretório estadual orientou que votássemos em Quitéria”. Eis a tão falada influência também de outros figurões, os deputados Mário Negromonte e João Leão.

Ponte
Recém-chegado da China, o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, prometeu novidades sobre a ponte Salvador – Itaparica em breve. “Acabei de desembarcar e ainda estou com o fuso da China. Mas, na próxima semana, teremos novidades”, sugeriu Gabrielli. Apesar de não admitir, é possível que o edital da faraônica obra seja a esperada boa nova a que se refere o titular da Seplan.

Dilma 2014
“É óbvio que a coordenação da campanha na Bahia me pertence. Agora não posso falar se serei coordenador da campanha no Nordeste porque a presidente tem sete dos nove governadores da base aliada”, indicou o governador Jaques Wagner. Mesmo não falando em 2014 na Bahia, o tema nacional não escapa aos olhos de JW, que possui relações próximas com a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição no próximo pleito.

Justiça
O deputado estadual Alan Sanches, presidente do PSD em Salvador, parabenizou ontem o cumprimento da legislação que resultou na eleição do vereador Antônio Marcos Araújo Lessa (PP), conhecido Marcos Có, para presidente da Câmara de Santo Antonio de Jesus, após impasse que gerou na entrega das chaves do parlamento à Justiça pela polícia da cidade. De acordo com Alan Sanches, a quebra do regimento interno, conforme comprovado pela Justiça, beirava a irresponsabilidade.

Melhor
Presente ontem na UPB, na boca de urna favorável à prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), disse que a eleição dela seria merecida “pelo grande trabalho de resgate feito por Caetano e pelas propostas apresentadas pela candidata”. Há quem diga que em 2014, ele cobrará de volta o apoio na possibilidade de se candidatar ao governo.

Rui fica 
Depois do lapso no boletim Agenda 13 do PT da Bahia que o excluiu da sucessão do governador Jaques Wagner, o secretário Rui Costa pareceu descontraído ao falar sobre o assunto ontem. “Não vale nem a pena comentar”, absteve-se o titular da Casa Civil. Segundo o próprio, esses tipos de equívocos podem acontecer e, para evitar, a estratégia utilizada pelo chefe do Palácio de Ondina é bem adequada. “O governador diz que é melhor não falar nenhum nome para não dizerem que alguém ficou de fora”, brincou.

Mandarim
Com laços cada vez mais estreitos entre a Bahia e a China, é possível que, em breve, uma instituição de nível superior possua um curso de mandarim no estado, sob patrocínio do governo chinês. A informação foi dita despretensiosamente pelo governador Wagner, pois, segundo o próprio, ainda carece de formalização. “Eles apresentaram o interesse e vamos conversar sobre o assunto”, apontou.

Fortalecido 
O deputado federal João Leão (PP) também saiu fortalecido na disputa pelo comando da UPB. Dos sete membros da chapa vencedora, Leão tem ligação direta com a presidente Quitéria, com o vice, Humberto Santa Cruz, que é prefeito de Luis Eduardo, e com Zé Coca, prefeito de Lafaiete Coutinho, que ocupa a 2ª secretaria. De acordo com o progressista, o trabalho de articulação, que resultou na vitória da socialista, foi grande, mas valeu a pena. “Quitéria é uma prefeita bem avaliada, séria, que fez mudanças sociais importantes na cidade de Cardeal da Silva, e agora ela vai transformar a UPB. Tenho certeza que será a melhor administradora da historia da entidade”.
Tudo pago 
No escritório político de Leão passaram ontem 72 prefeitos baianos. Na hora do almoço foi uma correria, mas todo mundo se acomodou e almoçou. De acordo com o progressista, todos os votos que Quitéria deu a ele (2572) e a Cacá Leão (1831) foram pagos nessa disputa pela UPB. Para Leão, o maior desafio de Quitéria agora será elevar as receitas dos municípios, fortalecendo o municipalismo, já que as demandas das cidades são imediatas.
 

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