Raul Monteiro
Nem mais os demais pré-candidatos petistas, seus concorrentes no PT pela indicação para representar o partido na corrida sucessória, desconfiam de que Rui Costa não será ungido como nome da legenda à sucessão de Jaques Wagner. O clima nos QGs de José Sérgio Gabrielli, Walter Pinheiro e Luiz Caetano, se é que chegaram a ser algum dia montados, é de desmobilização total e recolhimento de armas.
O motivo é que já corre a informação, por praticamente todos os canais petistas, de que o atual chefe da Casa Civil de Wagner vai ser anunciado em seguida à posse de Everaldo Anunciação na presidência estadual do PT, após o PED (Processo de Eleição Direta) de 10 de novembro. Três fatos, ocorridos em sequência, alinham o processo no partido que culminará com o anúncio do nome de Rui Costa como candidato a governador do PT.
O primeiro deles foi a conclusão de que o partido não faria prévias para promover a escolha. Normalmente desgastante, o processo de eleição interna poderia enfraquecer seu nome ou mesmo tirá-lo do páreo, levando-se em conta a divisão da militância em relação aos nomes postos e ao processo eleitoral de 2014.
O segundo fato importante foi a consagração do nome de Everaldo Anunciação como candidato à presidência estadual do PT, processo no qual o próprio Rui se empenhou por antever que, em contrapartida, uniria, como de fato aconteceu, as mais importantes correntes petistas em torno de seu nome. O terceiro mais significativo movimento foi dado pelo próprio governador, no início do mês, ao convocar uma conversa franca com as principais lideranças petistas sobre a sucessão.
Sem fazer imposições, embora elevando o tom além do usual, Wagner deixou claro qual era – e sempre foi – a sua opção para 2014. Agora, é realizar o PED, eleger e empossar Everaldo e, em seguida, promover, num ato que o PT pretende deixar para a história, o anúncio da candidatura de Rui para toda a Bahia.
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