Rosemberg Pinto critica atuação do governo federal nos conflitos da região Sul do estado

por Luana Ribeiro

Rosemberg Pinto critica atuação do governo federal nos conflitos da região Sul do estado
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O líder do PT na Assembléia Legislativa, Rosemberg Pinto, está entre os deputados que discutiram a efetividade das ações do poder público nos conflitos de terra na região sul do estado, na sessão desta terça-feira na Assembléia Legislativa. O parlamentar considera que o governo estadual fez o que estava ao seu alcance, mas fez críticas a atuação da esfera federal. “O governo federal retirou a Força Nacional contra a vontade do governador, e ele não pode botar polícia lá, porque isso é de competência da Funai e do Ministério da Justiça. O que ele tinha que fazer, ele fez, pedindo providências ao ministro”, disse Pinto, referindo-se ao pedido de Garantia de Lei e Ordem (GLO) ao Ministério da Justiça, feito pelo governador Jaques Wagner na tarde desta terça-feira. Com a GLO, as Forças Armadas assumem a segurança nos municípios de Buerarema e Una, para o reestabelecimento da ordem. “A informação que eu tenho é que a Força Nacional foi tirada de lá porque o ministro da Justiça comentou que isso daria repercussão negativa internacional. Isso não é argumento. São homens e mulheres que estão reféns. Reconheço alguns indígenas [envolvidos no conflito], mas que discordam da forma agressiva como a coisa tem sido feita”, argumentou o deputado. O petista ainda citou a morte do agricultor Juraci José dos Santos Santana, líder do assentamento Ipiranga, em Maroim, na madrugada desta terça em Una. “Não podemos admitir fatos como esse. Juraci já tinha falado que estava sendo ameaçado de morte ao governo, aos ministérios da Justiça e da Casa Civil. Se há um culpado na morte dele, além do assassino, é o ministro da Justiça, que ignorou isso”, ressaltou. Apesar de deputados da oposição, como Augusto Castro (PSDB), defenderem a criação de uma comissão para cobrar ações ao Ministério da Justiça, Pinto considera que a medida não é necessária. “Nós já fomos a Ilhéus, à Itabuna, fomos nos locais, conversamos com as partes...Tudo que vier para somar é bom, mas acho que uma comissão seria extemporânea. A responsabilidade de agir é do governo federal”, finalizou.

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