ITAPETINGA – Ao contrário do que afirmam os correligionários do prefeito Zé Carlos, para quem o caso Bernardo Vidal “não deu, nem vai dar em nada”, a vida do prefeito de Itapetinga, José Carlos Moura, virou um verdadeiro inferno, depois que as denúncias sobre a Vidal vieram à tona, resultando em uma CPI na Câmara Municipal.
A partir das denúncias e dos resultados da CPI, inúmeros processos judiciais foram movidos contra o prefeito, culminando com o bloqueio judicial de todos os seus bens móveis, imóveis e contas bancárias, impossibilitando-o de gerir o seu patrimônio, uma verdadeira fortuna que recebeu de herança do pai adotivo, antes de ingressar na política.
Por conta disto, Zé Carlos virou refém desses processos movidos pela Receita Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e partidos de oposição, sem falar das inúmeras multas imputadas pelo TCM, Justiça do Trabalho e INSS, por conta do contrato da Bernardo Vidal, que também estão sendo executadas pela justiça, com penhora de bens.
Como os advogados da prefeitura não dão conta dos processos, pela sua complexidade, Zé Carlos foi obrigado a contratar advogados caríssimos em Salvador e Brasília, na tentativa de desbloquear o seu patrimônio, numa corrida desesperada contra o tempo, antes que seu mandato acabe, o que tem custado uma verdadeira fortuna aos cofres públicos.
Por horas, a prefeitura banca tudo, mas quando encerrar o seu mandato, daqui a 2 anos e meio, Zé Carlos vai ter que bancar esses processos com recursos próprios, já que as demandas judiciais deste tipo costumam demorar décadas.
Como diz um velho ditado, “política foi feita para dois tipos de gente: o rico besta e o pobre sem vergonha”.
Por Davi Ferraz
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