ELEIÇÕES NA BAHIA 2014: Deputado quer PR com Souto e diz que apito de presidente 'é mudo'; Rocha admite troca de lado
por Evilásio Júnior
Dilma Rousseff, Rui Costa e José Rocha | Foto: Betto Jr./ Ag. Haack/ BN
A estimativa do prefeito ACM Neto (DEM) de que a candidatura do seu correligionário Paulo Souto ao governo do Estado contaria com o apoio de 19 partidos, inclusive dissidentes da aliança com o PT, está próxima de se confirmar, caso a pressão do deputado federal João Bacelar (PR) pelo rompimento se concretize. Além da confirmada perda de SDD, PRB e PSC, e possibilidade departida do PTB, a fratura entre os republicanos foi exposta publicamente nesta sexta-feira (20) em nota enviada à imprensa pelo parlamentar, que comparou o presidente baiano da sigla e também congressista José Rocha à "rainha da Inglaterra". "O apito dele [José Rocha] é mudo. O partido nacionalmente contradiz as decisões de Zé Rocha na executiva estadual", atacou Bacelar, ao ainda afirmar que "há muito tempo" tem clamado a César Borges reassumir as "rédeas partidárias". "Sempre digo que entre iguais não há líder”, completou. Se antes o ambiente na Bahia destoava do movimento nacional pró-Aécio Neves – muito em função da entrega do Ministério dos Transportes a Borges e, localmente, a Secretaria de Turismo do Estado a Pedro Galvão –, agora ganha força. Até mesmo a convenção regional do partido que confirmaria o apoio ao postulante petista Rui Costa foi adiada sem novo prazo determinado. Consultado pelo Bahia Notícias, José Rocha rebateu as declarações do correligionário, mas admitiu a possibilidade de a legenda trocar de lado. "João Bacelar tem que se preocupar mais com a vida dele e menos com a vida dos outros. Se o partido está rachado, eu não sei. Vou estar amanhã [sábado, 21] com o secretário-geral do partido, que vai decidir o cenário nacional. A Bahia está muito ligada a Brasília", reconheceu. Questionado sobre o evento que "ratificou"a adesão à candidatura petista, no dia 10 de fevereiro deste ano, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), o republicano ponderou. "Nós demos há um tempo atrás. Inclusive ele [Bacelar] deu apoio naquela reunião da UPB, com discurso e tudo", rememorou. Perguntado especificamente se o PR poderia aderir à chapa do DEM, Rocha considerou: "Não sei se pode mudar de lado porque é uma questão que pode ser decidida em nível nacional. Pode mudar ou pode manter. Acho que é melhor aguardar o que vai acontecer amanhã em Brasília".
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