Cuidado: jingle de candidatos pode provocar vício por três meses
De dois em dois anos eles surgem com força para desespero geral da nação. Sim, porque eles cumprem bem seu objetivo: o de grudar igual a chiclete na cabeça do povo. Mesmo que você não queira, tenha aversão à política, vai acabar cantarolando os jingles dos candidatos ao governo do Estado. Não é praga. É constatação.
Os autores dos jingles de Rui Costa (PT), Paulo Souto (DEM) e Lídice da Mata (PSB) expuseram na mensagem o que consideraram essencial para atingir o eleitor.
Rui se coloca como novo (cronologicamente, dos outros dois, ele é o que tem menos idade), humilde e traz frase usada pelos diversos candidatos do PT Brasil à fora. "O ódio não vence a esperança". E sempre na ideia de ‘time’ de campanhas anteriores, o jingle de Rui fala também da presidente Dilma Roussef, que tenta a reeleição.
O marketing de Paulo Souto surge quebrando esse paradigma. Fala da expectativa que todos tiveram com a chegada do PT ao governo baiano e logo em seguida da decepção. E embora não tenha uma Dilma para chamar de ‘sua’, Souto lança luz à administração de ACM Neto em Salvador. “Nasce um novo dia lá na capital, agora vai nascer também pra mim (os demais 416 municípios baianos)”. O candidato demista não faz menção ao candidato da oposição à presidência da República, Aécio Neves (PSDB), que não pontua bem em pesquisas por essas bandas de cá.
Também sem citar os candidatos a presidente e vice-presidente pelo PSB, Eduardo Campos e Marina Silva, o marketing da governadorável Lídice da Mata ataca tanto a candidatura de Rui quanto a de Paulo Souto logo no início. “Novo caminho para mudar a Bahia. Nem passado nem mesmice, diz o povo com alegria...”.
O jingle reforça a questão de gênero, com Lidice sendo a “primeira mulher governadora”, além de trazer uma das frases mais citadas pela socialista e coordenadores de sua campanha: "L de Lídice das mãos limpas de verdade".
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