Em primeiro lugar, porque o ciclo petista está entrando em exaustão, depois, a economia não vai bem, e como já dizia James Carville, o estrategista que ajudou eleger Bill Clinton presidente dos Estados Unidos, “é a economia, estúpido”. Dificilmente um presidente se reelege ou faz o sucessor se a economia não vai bem. Depois disso, a tragédia que vitimou Eduardo Campos levou o povo brasileiro à comoção e isso poderá ser um fator decisivo no resultado da eleição que está caminhando para ser definida no primeiro turno. O que mais ouvimos é os eleitores que votam em Aécio Neves dizerem que se for para derrotar Dilma votam em Marina Silva no primeiro turno.
A dança dos números na eleição presidencial
Depois que Marina substituiu Eduardo Campos, na primeira pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha no dia 18/8, mostrou o seguinte resultado: Dilma 36%, Marina 21% e Aécio Neve 20%. Depois, com 11 dias, o quadro passou a ser o seguinte: Dilma 34%, Marina 34% e Aécio 15%. Recentemente, outra pesquisa publicada no dia 3/9 mostrou Dilma com 36%, Marina 34% e Aécio 14%. O quadro ficou praticamente inalterável nas duas últimas pesquisas, mas, foi anunciada apenas com 5 dias de espaço uma da outra. Se daqui a 15 dias Marina continuar crescendo corre o risco de Dilma perder a eleição no primeiro turno.
Na Bahia, poderá dar segundo turno?
Se Marina conseguir alavancar a candidatura de Lídice da Mata e a máquina do governo fizer Rui Costa crescer mais, poderá acontecer segundo turno na Bahia. Caso isso se confirme, a eleição sofrerá uma reviravolta inesperada, porque a última pesquisa divulgada no dia 4/8 do Instituto Sensus dá a vitória a Paulo Souto no primeiro turno. Por isso, o time de Paulo Souto está de salto alto, isso é um perigo, porque a soberba não é a melhor companheira, e como dizem os mineiros: “mineração e eleição, o resultado só depois da apuração”. Se tiver segundo turno, será outra eleição e o resultado é imprevisível.
A disputa em Itapetinga está acirrada
A campanha dos Brito, ou seja, Antônio Brito e Timóteo Brito, saiu na frente. Devido ao trabalho da Fundação José Silveira no setor de saúde, a candidatura de Antônio Brito decolou primeiro e deverá ser o federal mais votado na cidade. Já o estadual, Timóteo Brito, com o apoio da líder Katia Espinheira, dos vereadores João de Deus e João Carlos, e a sua imagem colada a Antônio Brito, também criou maior visibilidade e deverá ser um dos mais votados, mesmo porque ele é de Itapetinga. Os demais candidatos estão correndo atrás da diferença. Michel Hagge está tendo dificuldade de transferir votos para seu candidato Herzen Gusmão. Por sua vez, José Otávio tem mais facilidade de transferir votos para Heraldo Rocha, um nome já conhecido de Itapetinga. Sandro Regis com os apoios de Dr. Arnaldo e José Elias pode ter uma boa votação. Já Rosemberg Pinto, candidato do prefeito, não deverá repetir a votação.
Não adianta forçar a barra
ACM já dizia: “A política é arte do possível e o possível você examina na hora”. Vários deputados da base aliada estão fazendo campanha de forma solitária, sem a chapa majoritária. Isso vem causando mal-estar na cúpula governista. Eles sentem que seus eleitores fecham questão e não votam no PT e até aceitam o nome de Otto Alencar. Não adianta forçar a barra, e se forçar termina perdendo o voto dos eleitores independentes. O maior exemplo disso é em Teixeira de Freitas, aonde o deputado Timóteo Brito teve na eleição passada 25 mil votos e tem chance de repetir a votação, devido, principalmente, ao desgaste do prefeito, que é do PT, mas, o eleitor de Timóteo não vota no PT e se ele fizer campanha para Rui Costa coloca a eleição em risco. É a velha história: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
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