‘Terão que construir mais 3 celas: para mim, Lula e Dilma’, diz Emílio Odebrecht
Por Redação Bocão News
No fervor das emoções ao ver o filho sendo preso, em mais uma das investigações da Operação Lava Jato, o patriarca da família da família Odebrecht, o empresário Emílio Odebrecht, teve acessos de raiva. Em um deles bradou: “Se prenderem o Marcelo (Odebrecht, filho de Emilio e atual presidente da empresa), terão de arrumar mais três celas”, costuma repetir o patriarca, de acordo com esses relatos. “Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
De acordo com a revista Isto É, o ódio do empresário que ergueu a maior empreiteira da América Latina, não recai apenas pelos principais líderes do PT, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
Emilio Odebrecht acredita, sem evidências, que o governo do PT está por trás das investigações lideradas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A dúvida que paira no ar é se os comentários de Emilio Odebrecht eram apenas desabafos ou eram uma ameaça real a Dilma e a Lula. Os interlocutores não sabem dizer. Mas o patriarca tem temperamento forte, volátil e não tolera ser contrariado.
Dia da prisão
Quando os policiais amanheceram em sua casa, Marcelo Odebrecht se descontrolou. Por mais que a iminência da prisão dele fosse comentada amiúde em Brasília, o empresário agia como se fosse intocável. Desde maio do ano passado, quando ÉPOCA revelara as primeiras evidências da Lava Jato contra a Odebrecht, o empresário dedicava-se a desancar o trabalho dos procuradores. Conforme as provas se acumulavam, mais virulentas eram as respostas do empresário e da Odebrecht. Antes de ser levado pela PF, ele fez três ligações. Uma delas para um amigo que tem interlocução com Dilma e Lula – e influência nos tribunais superiores em Brasília. “É para resolver essa lambança”, disse Marcelo ao interlocutor, determinando que o recado chegasse à cúpula de todos os poderes. “Ou não haverá República na segunda-feira."
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