O jeitinho brasileiro, antes considerado vergonha nacional, agora já
é mencionado como centro da cultura estratégica brasileira. O modo de
agir peculiar ao país verde e amarelo foi tema de palestra a empresários
ligados à Câmara de Comércio França Brasil (CCFB), nesta semana, de
acordo com a Folha. “É um tema que parece pequeno, mas é grande. O
jeitinho tem componentes que são vistos como negativos, mas também há
alguns que são bem positivos. É uma coisa bem milagrosa para nós,
franceses”, analisou o professor francês Pierre Fayard, do Instituto
Franco-Brasileiro de Administração de Empresas (IFBAE). De acordo com o
professor, o jeitinho é caracterizado por uma mistura de capacidade para
achar uma solução para qualquer problema sem desistir facilmente,
cordialidade e certa amoralidade. “Na cultura do jeitinho, a cabeça está
aberta a qualquer possibilidade, regular ou não. Vai dar certo e, se
não der, ainda não chegou ao fim”, disse. Além disso, os adeptos do
jeitinho brasileiro fogem do conflito direito e usam da simpatia para
adaptar-se às ações do outro e atingir um objetivo específico – algo que
lembra os ensinamentos do general chinês Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.),
escritor do clássico ‘A Arte da Guerra’. Para evitar que a
característica ultrapasse o mundo corporativo e se torne escândalos nos
negócios, Fayard sugere que a estratégia brasileira deve ser mais
estudada, já que existem virtudes e limitações. Entre os defeitos, por
exemplo, estão o egoísmo e a visão de curto prazo.
Comentários
Postar um comentário
A V I S O:
Devido ao momento político, a partir de hoje, só serão liberados na opção Comentar como ANÔNIMO, os comentários construtivos ou que falem das propostas ou das qualidades de candidatos a cargos eletivos nesta eleição. Os comentários de teor crítico, acusadores ou agressivos aos candidatos, autoridades ou a qualquer outra pessoa, só serão liberados se o autor se identificar na opção Comentar como: NOME/URL, no quadro de comentários. IDENTIFICAR VIA ITEM NOME/URL.