Mário Magalhães/UOL Notícias
Com arrocho de Temer, o de Dilma será lembrado como arrochinho – Foto Danilo Verpa |
Bola cantada, Michel
Temer e Henrique Meirelles anunciaram o mais duro pacote antissocial do século
21.
Como
previsto, o arrocho de Dilma Rousseff, comparado ao que o sucedeu, passará à
história como arrochinho.
Mantendo
o tom dessas duas semanas de governo, Temer vai com muita sede ao pote,
sacrificando sobretudo os mais pobres.
Talvez
seja só o aperitivo, a depender do que virá depois das eleições municipais.
O
conteúdo social das medidas pode ser aferido no contraste entre os aplausos de
entidades empresariais e a reação dos sindicatos de assalariados _ao menos os
não pelegos.
O
pacote ataca por todos os cantos, sem poupar frentes e vítimas.
À
sua maneira, estimula confrontos, atiça conflitos, provoca quem perde com ele.
Arrochos
dessa natureza pressupõem força.
Em
1964, o marechal Castello Branco implantou um implacável. Tinha a força dos
tanques.
Há
pouco, na Argentina, o presidente Mauricio Macri fez a mesma coisa. Ele tem a
força política dos votos que o elegeram.
Temer
não tem nem tanques nem teve votos.
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