RESPEITE O JUIZ! Moro e defesa de Lula discutem novamente em audiência


Moro e defesa de Lula discutem novamente em audiência: ‘Respeite o juízo!’
Foto: Reprodução / Uniceub
O juiz Sérgio Moro e os advogados do ex-presidente Lula discutiram novamente durante audiência de testemunhas nesta segunda-feira (12) no processo em que o petista é acusado na Operação Lava Jato. Durante o bate-boca, o juiz chegou a gritar com o advogado Juarez Cirino dos Santos, um dos defensores de Lula no caso, e chegou a bradar para que ele “respeite o juízo”. O debate foi iniciado por uma pergunta feita pelo procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho para a testemunha Mariuza Aparecida da Silva Marques, engenheira civil da OAS que trabalhou no tríplex cuja propriedade é atribuída a Lula pelo Ministério Público Federal (MPF) como forma de pagamento de vantagens indevidas da empreiteira ao ex-presidente. O procurador questionou Mariuza se, durante uma visita que a ex-primeira-dama realizou ao imóvel, Marisa Letícia foi tratada como possível compradora ou alguém a quem a propriedade já havia sido destinada. Uma das advogadas de Fábio Hori Yonamine, então, questionou Moro afirmando que a pergunta já havia sido feita e Mariuza havia respondido que Marisa e Lulinha eram potenciais clientes. Moro rejeitou o protesto da defesa e pediu que não fossem feitas novas intervenções. Após o procurador repetir a pergunta, Juarez Cirino do Santos voltou a protestar contra a pergunta e Moro afirmou que o advogado estava sendo inconveniente. “Você não pode cassar a palavra da defesa”, respondeu Cirino. Moro rebateu. “Posso, porque o senhor está sendo inconveniente”, disse. Cirino justificou que o procurador estava pedindo a opinião da testemunha, não os fatos. Moro, então, exaltou-se. ”, gritou. “Doutor, está sendo inconveniente. Já foi indeferida sua questão. Já está registrada e o senhor respeite o juízo!Eu? Mas, escuta, eu não respeito Vossa Excelência enquanto Vossa Excelência não me respeita enquanto defensor do acusado. Vossa Excelência tem que me respeitar como defensor do acusado, aí então Vossa Excelência terá o respeito que é devido a Vossa Excelência. Mas se Vossa Excelência atua aqui como acusador principal, Vossa Excelência perde todo respeito”, protestou Cirino.

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