CONVITE AO PENSAR:

 E SE A JUSTIÇA DEFERISSE CONTRA O PREFEITO FÁBIO GUSMÃO?

O que poderia acontecer nas oposições e no governo?

                                                                Por José Alves Nunes*

Existe um princípio na física que diz o seguinte: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”. Esse princípio newtoniano tornou-se também muito importante para o pensamento político e não deve jamais ser esquecido na hora de fazer política. Porque também na política toda ação gera reação, e toda reação gera nova ação oposta ou de igual intensidade.

Dito isso, se a ação/decisão do juiz Murilo Brito tivesse sido contra o prefeito Fábio Gusmão a reação nas oposições seria de igual intensidade ou bem maior. Toda vez que a justiça emite algum parecer contra quem estar no poder as consequências são imprevisíveis. É importante lembrar e registrar aqui, que no jogo de forças entre o prefeito e as oposições - e a importante mediação do poder judiciário (Juiz Murilo Brito) - foi a disputa mais legítima neste pleito e demostrou a importância dos poderes para o fortalecimento da democracia local.

É bom lembrar mais uma vez que o prefeito Fábio Gusmão saiu fortalecido não pela realização dos festejos em si, mas muito mais pelos pareceres favoráveis do juiz Murilo Brito e da desembargadora Lisbete Santos (TJBA), bem como, o parecer público dos seis vereadores. Bom seria se os poderes se posicionassem sempre de forma célere nas questões que dividem a opinião pública. E aqui temos que registrar o posicionamento dos seis vereadores que agiram de forma independente da mesa diretora. Que essa prática não seja exceção, mas regra a partir de agora em nossa cidade.

Bem, e se os pareceres do juiz e da juíza fossem outros? Fossem contra o prefeito? Aí seria outra história e outro artigo bem diferente daquele que escrevi, porque as oposições sairiam muito fortalecidas e poderiam gerar grandes consequências contra o governo.

Uma eventual derrota do prefeito não só fortaleceria as oposições, mas poderia uni-las naquele fato político excepcional. Assim como o prefeito e seu grupo político comemoraram o parecer do juiz Murilo Brito com fogos e buzinaço pelas ruas da cidade, as oposições fariam em proporção muito maior.

Uma derrota judicial sofrida pelo prefeito Fábio Gusmão, naquele momento, levaria não a oposição para as ruas, mas as oposições. Todas as lideranças de oposição sairiam para as ruas para comemorarem e gritarem “palavras de ordem” contra o prefeito e sua administração. Mais, todas as críticas e denúncias feitas contra o governo seriam ressuscitadas e ganhariam poder de um tsunami.  Digo mais, poderia surgir naquele fato extraordinário o líder que enfrentaria o prefeito em 2024 (tema do meu próximo artigo).

Ação e reação, reação e nova ação não é um princípio apenas da física, mas também da política. E não deve ser esquecido jamais nem por quem governa a cidade, nem por quem deseja governá-la. Porque basta tão somente uma decisão do judiciário ou do povo para mudar tudo ou ratificar tudo.

*Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia; Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental e Lideranças para a Era Digital - Autor do livro 'O Camponês e o Naturalista' recém lançado pela a Amazon e a Uiclap.


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