
Eures compartilhou as intervenções que fez em seu município
visando a saúde financeira da gestão aliada ao bom desempenho da educação. “Eu
achava muito grande a quantidade de professores que tinha no meu município, foi
aí que contratei um secretário técnico para avaliar. Acabei descobrindo que eu
tinha 250 extensões de carga horária e mais 150 contratos. Portanto, cuidado
prefeitos. Hoje temos uma economia de R$ 0,5 milhão de reais por mês. Vou ter,
esse ano, R$ 6 milhões de sobra. Devo gastar 42% do FUNDEB”, destacou.
Presente no evento a coordenadora do Cope, Elenir Alves,
representando o secretário de Educação, Walter Pinheiro, falou que está há dois
meses fazendo a reestruturação dos programas de assessoramento aos municípios.
O Pacto pela Educação na Idade Certa, do Programa Todos pela Alfabetização
(Topa) e do Programa de Apoio à Educação Municipal (PROAM), operacionalizados
pela Coordenação de Programas Especiais (Cope). “O esforço do trabalho é a
gente detectar as convergências entre os programas, para vermos como as ações
se integram lá na ponta, quando chegam até o estudante e o município,
estimulando, ainda mais, essa rede de educação”, explicou.
A Presidente da Undime-BA e Presidente da Undime-Nordeste,
Gelcivânia Mota, relatou os desafios em discutir o Plano de Carreira e
Remuneração (PCR). “Não conseguiremos valorizar a educação, se não valorizarmos
os profissionais. Sendo que a valorização perpassa, em formação, condições de
trabalho, carreira e salário”, afirmou. O coordenador-geral da APLB-Sindicato
dos Trabalhadores em Educação do Estado, professor Rui Oliveira, declarou que é
necessário dialogar e entender o mais adequado à população. “Vamos tentar
construir algo melhor para a educação do município, do estado e da nação”,
enfatizou.
“Não queremos tirar direitos de professores. Queremos
fortalecer o diálogo para a construção de um plano de carreira sustentável nos
municípios, além de promover o ensino de qualidade e atrativo. Trabalhar com o
objetivo de ter mais alunos na rede”, disse o Coordenador da Rede de
Assistência Formativa para Elaboração/Reelaboração e Gestão de Planos de
Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação
(SASE-MEC/COPE-SEC/UNDIME-BA), Anderson Passos. Para ele o plano não pode se
constituir como uma bomba relógio. “Às vezes desarmar essa bomba é apenas puxar
um fio”, disse, Anderson Passos, enfatizando a necessidade de uma construção
conjunta e participativa. Na oportunidade, foi apresentada toda a equipe que
faz parte da Rede de Assistência Formativa e os contatos necessários para
outras informações.
Em sua palestra, a advogada da Coordenação Jurídica da UPB,
Márcia Bittencourt, falou sobre o entendimento dos tribunais federal e
regionais em relação a utilização das verbas vinculadas ao extinto Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef). De acordo com Márcia, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Estado da Bahia (APLB) entende que o recurso deve ser usado para
pagamento de professores, já o Ministério Público Federal, entende que o
recurso deve ser gasto na educação e não é possível o pagamento de advogados com
a verba.
Muitos municípios entraram com ação judicial para
recuperação de recursos de complementação do Fundef. “Todos os municípios têm
direito a receber o recurso referente ao extinto Fundef. Aconselho que busquem
seus direitos, porém é necessário ter cuidado para não questionar o que já foi
cobrado”, alerta.
Durante o debate, o prefeito de Capela do Alto Alegre, Dr.
Nei, falou sobre a importância de um plano de carreira sustentável. “Minha
preocupação é a politização que podemos ter em nossos municípios porque os
sindicatos estão a postos para nos colocar contra os professores, como se
fossemos inimigos dos professores e a realidade, de fato, não é essa. Nenhum
prefeito da Bahia está contra o educador. Eu sou filho de professores e sei o
quanto essa valorização é importante. Precisamos ser estratégicos”, afirmou.
“Nós gestores, principalmente os novos, encontramos
dificuldades para cumprir o plano de carreira. Esse encontro nos auxilia a
ajustar o plano de carreira de maneira sábia e equilibrada, que garanta o
direito dos profissionais de educação, mas também que mantenha a economia
sadia”, disse o prefeito de Cordeiro, no Sudoeste da Bahia, Delci Alves Luz.
Fonte:http://www.jornalbahiaonline.com.br
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