O
Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado (resultado sem itens
extraordinários) de R$ 11,1 bilhões em 2017, valor 54,2% maior que o verificado
em 2016. O lucro líquido sem ajuste ficou em 11,01 bilhões, com expansão de
37,1%.
Segundo
o banco, o resultado teve impacto, principalmente, do aumento das rendas de
tarifas, da redução das despesas de provisão (recursos reservados para o caso
de inadimplência) e das despesas administrativas.
As
receitas do banco com tarifas cresceram 9% em 2017 (R$ 25,794 bilhões),
comparado ao ano anterior (R$ 23,794). De acordo com o relatório de análise de
desempenho do banco, esse crescimento foi resultado “dos esforços de aumento do
relacionamento com os clientes e da qualificação das contas correntes com maior
uso de produtos e serviços”. O banco destacou as tarifas relacionadas à
administração de fundos (26,5%), reflexo da elevação dos recursos administrados
que passaram de R$ 730,9 bilhões em dezembro de 2016 para R$ 864,5 bilhões no
final do ano passado, com alta de 18,3% em 12 meses.
No
quarto trimestre de 2017, o lucro líquido ajustado foi de R$ 3,2 bilhões, o que
mostra desempenho 82,5% superior ao do mesmo trimestre do ano anterior - R$ 1,7
bilhão - e o maior resultado trimestral desde 2012. “Esse crescimento foi
motivado pela expansão dos negócios, controle de despesas administrativas e,
principalmente, pela redução das despesas com provisões, em razão da melhoria
da qualidade da carteira”.
Crédito
A
carteira de crédito ampliada (empréstimos mais as operações com títulos,
valores mobiliários privados e garantias) chegou a R$ 681,3 bilhões no quarto
trimestre, ante R$ 677 bilhões do trimestre anterior.
O
saldo da carteira de crédito rural ampliada alcançou R$ 159,7 bilhões, o que
representa crescimento de 6,1% em relação ao mesmo trimestre de 2016. Segundo
dados do Sistema Nacional de Crédito Rural, o Banco do Brasil tinha 60% de
participação nos financiamentos desse segmento em dezembro de 2017.
Redução
da inadimplência
No
quarto trimestre de 2017, a inadimplência das operações acima de 90 dias ficou
em 3,7%. Foi o segundo trimestre consecutivo de redução. Em junho, a
inadimplência estava em 4,1% e, em setembro, em 3,9%.
As
despesas com provisão caíram pelo quarto trimestre consecutivo. Em 2017, o
banco registrou provisões no total de R$ 25,3 bilhões, valor 19,9% inferior se
comparado com o de 2016.
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