Decretada a prisão do ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB)
Três
dos cinco desembargadores rejeitaram, nesta terça-feira (22), o recurso da
defesa do ex-senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) no
processo do mensalão tucano. Ainda faltam os votos de dois
desembargadores. O desembargador Pedro Vergara votou pela expedição de
prisão imediata, segundo o site O Antagonista.
Este
foi o último recurso possível de ser apresentado pela defesa de Eduardo Azeredo
na segunda instância, na Justiça de Minas Gerais.
Azeredo
foi condenado em segunda instância a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de
peculato e lavagem de dinheiro, no mensalão tucano, em agosto passado. A
condenação em primeira instância foi em 2015.
O
ex-governador é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro de
estatais para o caixa 2 de sua campanha de reeleição ao governo de Minas, em
1998. A defesa de Azeredo nega o envolvimento dele nos crimes.
Em
abril último, a 5ª Câmara Criminal negou um recurso apresentado pela defesa, os
chamados embargos infringentes. Dos 5 desembargadores, 3 votaram pela
manutenção da condenação.
Para
evitar que o julgamento desta terça-feira (22) fosse adiado, o tribunal
precisou substituir um dos desembargadores na sessão. Eduardo Machado, que
apresentou um atestado médico por motivo não divulgado, foi trocado por
Fernando Caldeira Brant, da Quarta Câmara Criminal. Na análise dos embargos
infringentes, Machado votou pela absolvição de Azeredo.
De
acordo com a denúncia, o mensalão tucano teria desviado recursos para a
campanha eleitoral de Azeredo, que concorria à reeleição ao governo do estado,
em 1998.
O
esquema envolveria a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), a Companhia
de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais
(Bemge) e teria desviado ao menos R$ 3,5 milhões por meio de supostos
patrocínios a três eventos esportivos: o Iron Biker, o Supercross e o Enduro da
Independência. Todos os réus negam envolvimento nos crimes. (BOCÃO NEWS)
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