Listamos as mais importantes informações verdadeiras que você precisa saber sobre a Vacina contra o Coronaviris
Da Redação
Para que serve a vacina?
Ainda sem uma campanha e um calendário de vacinação, as dúvidas recorrentes são: quem vai ser chamado primeiro?; quem já pode se vacinar; por que é importante a vacina; quem tomar pode virar jacaré?; quem não pode tomar?
Primeiro, ninguém vira jacaré por tomar vacina e se proteger do coronavírus. Essa foi mais uma informação falsa entre as dezenas de fake news divulgadas por Bolsonaro. Segundo, a vacina contra a Covid-19 é fundamental para frear a pandemia que já matou mais de 209 mil brasileiros e infectou mais 8 milhões de pessoas. Ela serve também para a reabertura das cidades e das atividades econômicas de forma segura.
O objetivo, no entanto, é: garantir que o sistema imunológico de boa parte da população esteja preparado para defender o organismo quando encontrar o vírus e, assim, evitar o desenvolvimento da doença.
Quando começa a vacinação?
Após pressão dos governadores, o Ministério da Saúde informou que a vacinação nacional contra a Covid-19 começaria nesta segunda-feira (18). Porém, mais uma vez , a equipe do ministro da saúde, o general Eduardo Pazuello, fez trapalhadas com os horários e logística dos voos que levariam, nesta segunda-feira , as doses da CoronaVac de São Paulo para os demais estados brasileiros.
Apesar dos atrasos alguns estados, além de São Paulo, começaram a vacinar seus profissionais de saúde Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás, Piauí, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Espírito Santo, Tocantins, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso, Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul. Todos os detalhes sobre a vacinação no Brasil ainda não estão claros, e há ainda incertezas devido a falta de insumos provenientes da China. O que se sabe até agora é que a Coronavac é a única vacina contra a doença no país que já está sendo distribuída.
A ideia do governo federal era começar a vacinação nesta quarta (20), porém os governadores pressionaram Pazuello a adiantar ainda mais o processo.
A imunização também começou nesta segunda-feira (18) em Campinas, interior de São Paulo. O governo paulista começa a distribuir doses, seringas e agulhas para imunizar funcionários de seis hospitais do estado: Hospital das Clínicas da USP em São Paulo; HC de Ribeirão Preto (USP); HC da Campinas (Unicamp); HC de Botucatu (Unesp); HC de Marília (Famema); Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
A Anvisa liberou o uso emergencial de 8 milhões de doses das vacinas sendo Coronavac (6 milhões) e Oxford/Astrazeneca (2 milhões). As doses da vacina de Oxford, que serão importadas da Índia, ainda não têm previsão de chegada ao país, após o fracasso de Bolsonaro em negociar com as autoridades daquele país, que se recusou a enviar o medicamento.
Quem vai tomar na 1ª fase?
A ideia é começar a imunização aos grupos prioritários que são: os profissionais de saúde da linha de frente no combate ao novo coronavírus, idosos que vivem em asilos com mais de 65 anos ou instituições psiquiátricas, indígenas e idosos a partir de 75 anos.
No entanto, após o recebimento das vacinas, caberá aos governos estaduais a data de início da vacinação e o agendamento dos grupos prioritários.
São Paulo, já começou a imunizar e distribuir as primeiras doses em profissionais da saúde e indígenas. O governo do estado pretende manter cerca de 1,4 milhão, um volume que não cobre a necessidades do número de pessoas prioritárias.
Cerca de 907,2 mil doses da vacina foram reservadas para os indígenas que vivem em aldeias, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao todo, o país têm 6 milhões de doses da Coronavac.
Como saberei o lugar? O que precisa para eu me vacinar?
A aplicação deve obedecer uma ordem de grupos prioritários, a qual será divulgada pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (20).
De acordo com a Pasta, se o paciente ainda não for cadastrado nas bases de dados do órgão, o profissional de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento. No entanto, nem o Ministério da Saúde e nem o governo estadual sabem quais documentos serão necessários para se vacinar.
Eficácia da Coronavac e Oxford
A eficácia das vacinas também é outro ponto questionado por boa parte da população brasileira. Ao dizer que a Coronavac tem 50,38% de eficácia na imunização; 78% em casos leves e 100% para casos graves,é natural que as pessoas se confundam com esses números.
Os números significam que quem tomou a vacina tem 50% de chances do vírus não se instalar e outros 50% de se contaminar, mas o importante é que quem se contamina tem 78% de chances de não tem nenhum sintoma. Outros 22% pode ter sintomas. Porém 100% das pessoas que tomarem a vacina terão sintomas leves, sem gravidade, não precisando de internação em hospitais.
Eficácia da vacina AstraZeneca
A vacina do Reino Unido, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e a Fiocruz, ainda não chegou ao Brasil, mas está sendo utilizada em diversos países, como a Inglaterra.
A AstraZeneca apresentou uma eficácia média de 70,4% na última etapa de testes. Um pequeno grupo que tomou meia dose da vacina chegou a ter 90% de imunização, mas para a maioria, que tomou a dose completa, primeira aplicação e o reforço, a eficácia ficou em 62%.
O governo diz que as carteiras de vacinação conterão o nome da vacina aplicada para que as duas doses necessárias não sejam de diferentes origens, já que não se sabe o efeito que isto resultaria.
Também não há informações sobre possíveis reações das vacinas em mulheres grávidas.
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