A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12/3), a aprovação do primeiro medicamento com indicação contra a Covid-19, o Rendesivir.
A agência também autorizou o registro de fabricação e de uso do segundo imunizante contra a doença no Brasil, a vacina de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocriz). O anúncio foi feito por Gustavo Mendes, gerente-geral Medicamentos e Produtos Biológicos.
“São dois anúncios de registro. O primeiro registro é relacionado à vacina Covid-19 Recombinante, também conhecida como vacina de Oxford, que é uma vacina que já vinha sendo utilizada pelo procedimento de uso emergencial e que agora vai ser registrada pela agência com uma etapa de fabricação no Brasil o que a gente acredita que representa maior autonomia”, anunciou.
O uso emergencial da vacina já havia sido aprovado, mas ela ainda era produzida na Índia. Agora, com o registro definitivo, o imunizante poderá ser fabricado e aplicado no Brasil, sem caráter emergencial. O pedido, aprovado nesta sexta-feira, foi realizado em 29 de janeiro.
Após as análises, a Anvisa constatou que a eficácia global da vacina é de 70,42%. No Brasil, a porcentagem é de 64,2% — mas o índice levado em conta é o global. O imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de 12 semanas. Ele poderá ser aplicado em indivíduos maiores de 18 anos de idade, e tem prazo de validade de 6 meses.
A Anvisa pediu que o laboratório envie, até junho de 2021, pesquisas sobre a eficácia da vacina contra a variante P.1 do coronavírus, que surgiu em Manaus, Amazonas.
Sobre o novo medicamento contra a Covid-19, o gerente explicou: “Outra notícia que é muito boa e interessante é que a gente vai dar o primeiro registro de medicamento que vai ter orientação em bula contra Covid-19. É um sintético, que vai poder ser utilizado em pacientes que estão acometidos pela doença. É o Rendensivir”.
A submissão para o registro do remédio ocorreu em 6 de agosto de 2020, mas as reuniões para debater sobre o fármaco começaram entre os meses de maio e julho do ano passado. “É um medicamento sintético. Diferente da vacina, tem uma estrutura definida, é uma molécula com estrutura”, explicou Raphael Sanches, especialista da gerência-geral de medicamentos da Anvisa.
Fonte: A Tarde
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