Um dia após o recorde assustador de 3.251 mortes, registradas na terça-feira, 23, o Brasil conseguiu superar outra péssima marca: mais de 300 mil vítimas desde o início da pandemia. Devido ao acréscimo, o território brasileiro totalizou 300.015 óbitos, justamente no momento mais crítico a pandemia. O número deve aumentar já que o registro do consórcio de veículos de imprensa é de 16h24 desta quarta.
Com base nos novos dados obtidos, o Brasil ocupa o posto de segundo país com maior número de mortes e contaminações, com pouco mais de 12,1 milhões de infectados. O país se encontra atrás apenas dos Estados Unidos, que possui quase 545 mil vítimas e mais de 30 milhões de casos confirmados da doença.
Nas projeções de população do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020, somente 95 cidades — ou 1,7% do total— têm população superior a 300 mil pessoas. Na Bahia, apenas Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista têm uma população acima deste número.
O mês de março tem sido devastador no Brasil. O país enfrenta muitas dificuldades no sistema de saúde, com UTIs e enfermarias lotadas de norte a sul do país. Na sexta-feira, 19, o país completou o período de duas semanas como o país com mais mortes diárias pela covid no mundo, segundo dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford (Reino Unido). Nessa última semana, o Brasil foi responsável por 27% dos óbitos de todo o planeta.
Mais de um ano após o início da pandemia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou nesta quarta-feira, 24, a criação de um comitê anticovid, para a implementação de medidas de combate ao coronavírus.
No dia anterior, em pronunciamento transmitido em cadeia nacional, Bolsonaro defendeu o processo de imunização, afirmou que “2021 será o ano da vacinação dos brasileiros” e ainda disse que o país será autossuficiente na produção dos imunizantes.
Atualmente, o Brasil era apenas o 58º país no mundo que mais aplicou doses da vacina contra covid-19 para cada 100 habitantes, com cerca de 6,7 doses.
Mudanças nos critérios
Após o recorde dessa terça, o Ministério da Saúde anunciou novos critérios para confirmação de mortes por COVID-19. Agora, a pasta começou a exigir informações como CPF, número do Cartão Nacional do SUS (CNS), a nacionalidade de pacientes infectados pelo vírus e histórico de vacinação. Todos esses campos inexistiam na versão anterior da ficha de confirmação, que é utilizada desde julho de 2020.
Com a alteração dos critérios, o número de registro de óbitos despencou no estado de São Paulo, o que afeta os dados de todo o país. Nessa terça-feira, o número de mortes registradas no estado chegou a 1.021. Nas últimas 24 horas seguintes, o levantamento caiu para 28.
Fonte: A Tarde
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