CONVITE AO PENSAR: COMPREENDER AS OPOSIÇÕES HOJE E PROJETAR 2024 É UM GRANDE DESAFIO, MAS FAZ-SE NECESSÁRIO
Hoje
em Itarantim é muito claro, para quem pensa e vive a política, que temos uma fragmentação
nas oposições como nunca antes na nossa história. Se é difícil governar com apenas
uma oposição, imagina, então, com tantos líderes de oposição buscando seus lugares ao sol.
Atualmente,
temos de quatro a seis líderes de oposição que se equivalem politicamente,
entre eles dois ex-prefeitos. “Se equivalem” no sentido de que nenhum dos seis tem
hegemonia política hoje nas oposições. Ou seja, todos estão no mesmo nível ou
patamar político na atual conjuntura. O que sobra em um, falta em outros e vice versa.
Tem
aquele que sobra carisma, mas falta a base política que já teve um dia. Tem
aquele outro que tem serviço prestado recente na cidade, mas ainda vive “assombrado”
pelo fantasma da rejeição política. Outro tem a base política, mas falta
logística e “recursos” (humano,
político e econômico) para não
cansar novamente na reta final. Em outros sobram coragem, mas faltam a base
política e por aí vai. Sem esquecer que um sétimo nome pode surgir a qualquer
momento, e sabotar, talvez, os que já estão na luta.
Governar
com tanta oposição não é fácil, mas daqui a pouco também não será fácil nas
oposições. A vida nas oposições será, depois da eleição de deputado e presidência
da câmara, complexa e muito competitiva. A “guerra política” nas oposições será
inevitável para que o mais apto (conceito darwinista) “sobreviva” para liderar
o processo.
A
luta será inevitável porque nenhum dos seis líderes de oposição vai servir de “andaime”
como sonham alguns. Ninguém vai ceder facilmente a cabeça da chapa sem lutar,
afinal todos estão no mesmo nível político, e a oportunidade na política
acontece sempre no presente, nunca no futuro.
Aos
que duvidam, bastam imaginar os seis lideres, individualmente, com dois dígitos nas pesquisas. Alguém, com tal pontuação nas pesquisas, vai
abrir mão de disputar a eleição e demarcar o seu espaço nesse “admiração novo
mundo político”? Vai recuar e apoiar um líder que aparece nas pesquisa com os mesmos dois dígitos?
O
embate será inevitável e com um agravante, nenhum líder de oposição pode sair “muito
ferido” dela. Para não se virar contra as aposições e lançar candidatura solo
ou pular para o lado do prefeito. A disputa além de ser na medida certa,
precisa ser pautada por ética política, articulação e muita negociação.
Aos
que acreditam que as pesquisas podem evitar a “guerra” nas oposições, estão
enganados. Para pontuar nas pesquisas, cada liderança precisa criar as
condições para chegar, pelo menos, aos dois dígitos. E será nesse momento que a
luta nas oposições começará. É bom lembrar que alguns já começaram a luta,
pois já entenderam que a melhor forma de alcançar os dois dígitos é tentar rivalizar
ou polarizar com o prefeito, o que não aconteceu até aqui.
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