CONVITE AO PENSAR: COLUNISTA ANALISA A VOTAÇÃO DE DEPUTADO EM ITARANTIM E O FUTURO POLÍTICO DE ALGUMAS LIDERANÇAS
A vontade soberana do povo, revelada nas urnas (02
de outubro), vai repercutir por muito tempo em Itarantim e nas vidas dos
principais líderes políticos. O resultado mostrou que apenas Fábio Gusmão tem
motivos reais e de sobra para comemorar. Zeza e Du ficaram aquém do desejado e Paulo
Construção muito aquém de um ex-prefeito que acabou de deixar o poder.
O povo garantiu aos candidatos do prefeito Fábio Gusmão uma votação
tão expressiva, gigante mesmo, que é quase impossível imaginar uma reação nas
oposições a curto, médio e longo prazo. O deputado Otto Filho recebeu dos
itarantienses 4.510 votos e o deputado estadual Rosemberg 4.082. Uma votação
histórica como nunca antes na história do município.
Essa votação consolida em definitivo o prefeito, e
gera uma crise profunda nas oposições. A aprovação do prefeito é no município
todo, sede, distrito e zona rural. Com essa votação histórica o prefeito também
se impõe no seu próprio grupo político, principalmente sobre aqueles que se
achavam mais importantes, politicamente falando, do que o próprio mandatário.
Alguns vereadores de oposição terão que moderar seus
discursos e ataques ao governo para não se indisporem com a população que deu uma
carta assinada biometricamente ao prefeito. E mesmo se um ou outro não mudar
totalmente, vai pensar duas vezes antes de atacá-lo. Sem esquecer que alguns vereadores
passarão a sair mais em defesa do governo para tentar usufruir da sua popularidade.
E com possibilidade real de alguns vereadores independentes e algumas
lideranças em breve começarem a abandonar as oposições e migrarem para a base
do prefeito.
Quanto a votação de Zeza/Du ficou aquém do esperado pela
quantidade de vereadores, ex-vereadores e tantas lideranças políticas juntas. Aquilo
que algumas dessas lideranças julgavam ser real, as urnas mostraram ser pura
ilusão ótica. Já a votação do ex-prefeito ficou muito aquém do desejado, principalmente
se pensar que Paulo Construção acabou de deixar o poder e, portanto, precisava
mostrar mais capital político. Mas é importante lembrar que o líder sofreu ataques
pesados e muita truculência política de antigos aliados e adversários políticos.
Essa briga nas oposições fez surgir um fenômeno novo que precisa ser investigado,
ou seja, a “votação de Construção” ao invés de ficar nas oposições, migrou para
o prefeito Fábio Gusmão. O que gera mais problema nas oposições.
O prefeito sai da disputa com sensação de dever
cumprido e de casa arrumada. Com a certeza de que não precisa mudar nada, apenas
manter o mesmo ritmo e a qualidade do seu governo. Já as oposições saem com a
sensação de que nada deu certo e de casa totalmente desarrumada. Pior, com a
sensação de que um tsunami (Fábio Gusmão) deixou tudo bagunçado e sem saber por
onde começar a arrumação. E se é possível alguma arrumação.
*Bacharel Licenciado em Filosofia pela PUC-Minas; Filosofia da Educação pelo ISTA; Cursou dois anos de Teologia; Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental e Lideranças para a Era Digital - Autor do livro 'O Camponês e o Naturalista' recém lançado pela a Amazon e a Uiclap.
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