Nas cidades de Maiquinique e Potiraguá as oposições despontam no cenário com importante força política, mas será que ameaçam mesmo a mandatária e o mandatário do poder? Em Maiquinique, o palanque nem foi desmontado e, acredite, não será até as eleições. Já em Potiraguá, pesquisas internas revelam certa força da oposição, mas a vantagem ainda pesa em favor do prefeito Jorge Cheles e seu grupo político.
Bem, e em Itarantim? Aqui o cenário é outro e explicarei melhor mais adiante.
Na vizinha cidade de Maiquinique a vida da prefeita Valéria (Podemos) não será nada fácil nesses poucos meses que antecedem as eleições. Chico Batoré, Jesulino Porto e Companhia nem desmontaram o palanque e nem poderiam, visto que a derrota nas urnas foi por apenas 65 votos de diferença. Valeria Silveira tem pouco tempo para emplacar um jeito novo de governar e, se possível, carregado de certo populismo na medida certa. E isso só será possível com o poderoso apoio do governo do Estado, que na reta final da campanha apareceu na cidade para ser o fiador político da candidata e conseguiu reverter o placar. Outra figura política importante para a prefeita conseguir cair na graça do povo é Roni Moitinho, presidente do Consórcio de Desenvolvimento Territorial do Médio Sudoeste, que quer garantir Maiquinique como reduto político para a sua candidatura a deputado em 2026.
Em Potiraguá a oposição
também surge com grande força política e gera certa preocupação no grupo que
governa a cidade. O prefeito Jorge Cheles (PP), que conquistou a reeleição com
folga contra Maurício Portugal, já começa a entender que fazer o sucessor não
será tarefa fácil. Na verdade, em política é quase impossível fazer o sucessor,
salve raríssimas exceções. E em Potiraguá não será diferente, afinal a
principal adversária saiu do grupo do prefeito. Ou seja, tudo começa a desandar
politicamente quando o grupo que governa se divide. A pré-candidata Cristina aparece
bem nas pesquisas e começa a ganhar popularidade. Também conta com o apoio de
Roni Moitinho, que costura nos bastidores sua candidatura a deputado. Moitinho,
segundo algumas fontes ouvidas, é um hábil político, exerce uma política
truculenta quando necessária e não mede esforços para projetar seus aliados
políticos. Agora, cabe a Cristina fazer o dever de casa e, para tanto, precisa
dialogar com Portugal para evitar duas candidaturas oposicionistas. Mas, como disse
as fontes ouvidas, não duvide que Cristina Brige venha a se tornar a candidata apoiada
pelo prefeito Jorge Cheles.
Já em Itarantim, o
cenário nas oposições é bem diferente dos municípios vizinhos. Aqui existe uma
fragmentação política como nunca antes na história. O que tem dificultado o diálogo e a igualdade de mando político entre os líderes oposicionistas. Sentar-se à mesa e dialogar
de igual para igual é um cenário ainda distante. Falta um Líder Maior para
arbitrar de forma imparcial e guiar tanta liderança de oposição. Nas oposições de Itarantim o dever de casa ainda não foi feito e parece que não será tarefa fácil. Ao
reprovar as contas do ex-prefeito Paulo Construção o diálogo piorou ainda mais.
As acusações e xingamentos nas oposições, depois dessa estratégia equivocada, aumentam
a cada dia. E tendem a piorar, se as contas referentes ao ano 2020 também forem
reprovadas, como já garantiram fazer alguns vereadores.
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