Devido às críticas crescentes de educadores e estudantes, o governo Lula (PT) decidiu suspender a implementação do novo ensino médio e as mudanças no Enem programadas para 2024, informa a Folha de S. Paulo. Espera-se que uma portaria seja publicada nos próximos dias, suspendendo o prazo de implementação da política e adequação do exame.
A suspensão ocorrerá enquanto durar o prazo da consulta pública em andamento sobre o tema, que tem duração de 90 dias, prorrogáveis, e mais 30 dias para o MEC (Ministério da Educação) elaborar um relatório.
Essa suspensão tem como principal consequência o adiamento do novo formato do Enem em 2024. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), tem se manifestado contra a revogação do novo ensino médio, defendendo ajustes no modelo ao invés de uma revogação completa.
A portaria com a suspensão tem a aprovação da equipe próxima ao presidente Lula, que avalia que o governo tem sofrido desgastes exagerados ao manter a reforma, especialmente entre estudantes. Uma revogação total da reforma dependeria de ação do Congresso, pois foi instituída por lei. A suspensão dos prazos é vista como uma maneira de acalmar os críticos e evitar maiores impactos.
A implementação do novo formato do ensino médio, obrigatória a partir de 2022, tem sido marcada por uma série de problemas, como a perda de tempo de aula em disciplinas tradicionais, disciplinas desconectadas do currículo e deficiências na oferta de itinerários em todas as escolas.
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