Ministério da Justiça publica edital que libera R$ 150 milhões para ampliar rondas e melhorar segurança nas escolas
O governo anunciou a medida depois do ataque a uma creche de Blumenau (SC), no dia 5 de abril, que deixou quatro crianças mortas.
Segundo o Ministério da Justiça, o objetivo da medida é fortalecer os órgãos de Segurança Pública para atuar nas escolas, com ações preventivas e patrulhamento, além de monitoramento e investigação de possíveis crimes, incluindo na internet.
Por meio do edital, o governo receberá projetos de secretarias de Segurança Pública de estados e municípios. Depois, o ministério vai repassar os recursos para as propostas de ações de enfrentamento à violência que forem aprovadas.
A partir de quinta-feira (13), órgãos públicos poderão enviar propostas para o governo com as seguintes temáticas:
- 1) Criação, aprimoramento ou fortalecimento de Patrulhas e Rondas Escolares;
- 2) Capacitação e especialização na prevenção em segurança no ambiente escolar;
- 3) Pesquisa e diagnóstico na prevenção em segurança no ambiente escolar;
- 4) Monitoramento de ameaças, inteligência e enfrentamento aos crimes cibernéticos;
- 5) Ações educativas e culturais com foco em prevenção às violências observadas no ambiente escolar;
- 6) Estruturação de Observatórios de violência nas escolas.
Todas as propostas vão ser analisadas por uma comissão, que distribuirá notas para cada projeto de acordo com os critérios do edital. O resultado dos projetos contemplados deve ser divulgado até o fim de maio.
Municípios que tiverem propostas aprovadas pelo Ministério da Justiça receberão entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Já estados e o Distrito Federal receberão de R$ 500 mil a R$ 3 milhões.
Os recursos para bancar os projetos virão do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Na segunda-feira (10), Dino se reuniu com representantes de plataformas. Durante o encontro, subiu o tom após o Twitter se recusar a remover uma postagem com fotos de autores de atentados em escolas. Durante a reunião, o ministro disse que termos de uso das redes sociais não estão acima da lei.
O Ministério da Justiça deve solicitar, nesta quarta-feira, que as plataformas derrubem perfis e hashtags que incitam crimes. Segundo o ministro, se as empresas não atenderem ao pedido, passarão a ser investigadas.
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