A nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, tomou posse nesta sexta-feira (27) durante evento no Palácio do Planalto. A titular da pasta foi nomeada para a vaga em 9 de setembro, após a demissão de Silvio Almeida.
Em seu discurso, Macaé chamou o comando do ministério de um “desafio gigantesco” e defendeu cuidar em especial das mulheres chefes de família. "Infelizmente, na nossa sociedade brasileira muita gente tem a concepção de que direitos humanos é uma coisa de quem defende bandido. A gente tem o desafio fundamental para construir a ação desse Ministério".
A ministra defendeu a "alegria das crianças" como forma de resistência e combate ao "sofrimento, tristeza e opressão"."No cenário global, a gente enfrenta uma nova investida do capital que aposta na segregação social, racial e ambiental para legitimar a opressão e o extermínio de milhões de pessoas comuns, como eu, que diante do horror da fome, da peste e da guerra não sabem a quem recorrer. É por isso que nossa tarefa é dialogar e disputar o próprio sentido dos direitos humanos”, declarou.
Histórico da Ministra
Nascida em São Gonçalo do Pará, Minas Gerais, em abril de 1965, Macaé tem trajetória na educação, na luta antirracista e na defesa dos direitos humanos. Graduada em serviço social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, é mestre e doutoranda em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Macaé exerceu mandatos como vereadora e deputada estadual e foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação de Belo Horizonte (2005 a 2012) e de Minas Gerais (2015 a 2018).
No Executivo federal, foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC) no governo de Dilma Rousseff, quando coordenou programas como Escolas Indígenas e de cotas para ingresso de estudantes de escola pública, negros e indígenas no ensino superior. Integrou a equipe de transição do governo Lula, em 2022, no grupo de trabalho da educação.
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