Nos primeiros seis meses do mandato do presidente ultradireitista Javier Milei, a pobreza e a indigência aumentaram significativamente na Argentina, conforme estimativas do Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina (ODSA-UCA). De acordo com os dados, 55,5% da população vive atualmente na pobreza, enquanto 17,5% se encontram em situação de indigência, informa a Rede Argentina.
Segundo a UCA, aproximadamente 24,9 milhões de pessoas nas áreas urbanas do país estão em situação de pobreza, incapazes de arcar com os custos da Cesta Básica Total, que em junho alcançou o valor de 873.168 pesos argentinos (cerca de US$ 624 à taxa de câmbio livre). O valor da cesta registrou um aumento de 76,1% no primeiro semestre, pressionando ainda mais a renda das famílias.
O relatório também destaca que 7,8 milhões de argentinos estão em situação de extrema pobreza, ou indigência, abaixo da linha da Cesta Básica de Alimentos, cujo valor em junho foi de 393.319 pesos (US$ 280). A cesta registrou um aumento de 63,4% no mesmo período.
O estudo também revelou que a insegurança alimentar afeta 24,7% das pessoas nas áreas urbanas pesquisadas, 20,8% das famílias e impressionantes 32,2% das crianças e adolescentes, indicando um cenário alarmante que requer atenção urgente do governo e da sociedade.
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