Quatro anos após tentar se manter no poder sob alegações infundadas de fraude eleitoral e impulsionado por um movimento que culminou na invasão do Capitólio, Donald John Trump, 78, foi eleito presidente dos Estados Unidos, tornando-se o candidato mais velho a assumir o cargo. Segundo a Folha de S. Paulo, Trump foi declarado oficialmente vencedor na manhã desta quarta-feira (6), ao alcançar 276 votos no Colégio Eleitoral. Essa marca, além de assegurar seu retorno à Casa Branca, representou uma guinada à direita na política americana.
“Um mandato sem precedentes” foi como Trump definiu o resultado da eleição em seu pronunciamento durante a madrugada, na Flórida, enquanto observava a contagem de votos. Em uma virada expressiva, ele também conquistou o voto popular, com 68 milhões de votos, ultrapassando os 62,9 milhões obtidos pela vice-presidente Kamala Harris, que concorreu pelo Partido Democrata. Este feito marcou a primeira vez que um republicano conquista a maioria do voto popular desde a eleição de George W. Bush, em 2004.
Em um cenário de alta polarização, Trump ampliou sua base entre eleitores negros e latinos, resultado de uma estratégia que visou atrair jovens homens desses grupos demográficos, especialmente na Flórida, onde, pela primeira vez, o condado de Miami-Dade voltou-se para os republicanos. Até mesmo em Nova York, tradicional reduto democrata, o republicano demonstrou um avanço em relação às últimas eleições. O retorno de Trump ao cenário político foi ainda fortalecido pela recuperação do controle do Senado pelos republicanos, que garantiram 51 das 100 cadeiras, uma vitória adicional ao Partido Democrata.
A reeleição de Trump representa uma virada sem precedentes nos Estados Unidos, refletindo um cenário de profundas divisões políticas e sociais. Washington e o mundo se preparam para uma fase de novos desafios e uma política externa que, ao que tudo indica, será marcada pelo isolamento estratégico e pela busca por fortalecimento da influência americana em detrimento das alianças tradicionais.
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