A deputada Carla Zambelli (PL-SP) se pronunciou nesta quinta-feira (15) sobre sua condenação a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que, além da pena, também determinou a perda de seu mandato. Zambelli afirmou que não sobreviveria na prisão e reforçou que não há provas contra ela e que a palavra final sobre sua situação deve vir da Câmara dos Deputados. "Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria na cadeia", disse.
A Primeira Turma do STF considerou Zambelli culpada por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já havia votado pela condenação na semana passada, acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O voto de Luiz Fux, dado na última quarta-feira (14), completou o placar de 5 a 0 a favor da condenação. Apesar da decisão, cabe recurso, e a deputada ainda pode recorrer da sentença no STF, com as penas sendo aplicadas apenas após o trânsito em julgado do processo.
Zambelli já havia sido condenada em março pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, mas o julgamento foi suspenso devido a um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques. Em janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) também havia decidido cassar o mandato da deputada por desinformação eleitoral durante as eleições de 2022, embora os efeitos da decisão só se tornem válidos após o esgotamento dos recursos.
O caso de Zambelli tem sido debatido no Congresso Nacional, com parlamentares discutindo uma possível retaliação ao Judiciário, em meio à disputa envolvendo o STF e a Câmara dos Deputados sobre o processo contra o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ) por seu suposto envolvimento na trama golpista.
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