A união entre o PP e o União Brasil, recém oficializada como federação partidária, já enfrenta suas primeiras turbulências. Reportagem publicada pelo jornal O Globo revela que as duas siglas, agora sob um mesmo guarda-chuva político, divergem sobre o apoio a governos estaduais em pelo menos sete unidades da Federação. Os descompassos locais se manifestam no Acre, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Roraima e Amapá, onde uma legenda compõe a base do Executivo estadual, enquanto a outra adota postura de oposição.
Na maioria dessas situações — seis dos sete estados — é o PP quem se alinha com os respectivos governadores, ampliando sua influência nas administrações regionais. A Bahia concentra o exemplo mais emblemático de tensão federativa. O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, uma das principais figuras nacionais do União, atua como o principal líder da oposição ao governador petista Jerônimo Rodrigues. Neto já articula sua pré-candidatura ao governo estadual em 2026. Ao mesmo tempo, o PP baiano vem se aproximando do Palácio de Ondina e tem se integrado à base de apoio ao governador na Assembleia Legislativa.
O próprio Jerônimo minimizou a contradição e manifestou otimismo quanto à integração definitiva do partido: “a nossa expectativa era de que o PP se aproximasse. Vou trabalhar para que seja da base. Temos que aguardar”, declarou.
Cenários conflitantes em outros estados - Em Pernambuco, o cenário é igualmente instável. O PP ocupa cargos de destaque na administração da governadora Raquel Lyra (PSD), enquanto o União Brasil apresenta divisões internas. A cúpula estadual da sigla tem demonstrado simpatia pela governadora, mas setores municipais do partido seguem ligados ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), adversário político de Lyra e provável nome na disputa ao governo estadual em 2026.
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