Os
dois blocos políticos atuantes em Itarantim - Situação e Oposição - vivem
momentos distintos na política local. Após seis meses do segundo mandato
do prefeito Fábio Gusmão (PSD), sua gestão segue com relativa estabilidade.
Enquanto isso, a oposição, “liderada” até o momento pelos vereadores Zeza
Gigante (PSB) e Carlos Alberto (PP), ainda não conseguiu imprimir um ritmo
consistente de atuação.
A
fragmentação da oposição permanece evidente, inclusive na Câmara Legislativa.
Nela, os vereadores oposicionistas enfrentam dificuldades de articulação, mesmo
em questões simples, como a definição de uma liderança para a bancada
oposicionista. Esse cenário transmite uma imagem de inabilidade política e de
ausência de perspectivas claras para o eleitorado de oposição.
Outro
indicativo dessa extrema fragmentação é a ausência do nome da candidata Ana
Paula Dantas (PP) nos discursos dos vereadores. Essa falta de respaldo pode
sinalizar que sua liderança política não é reconhecida pelos atuais
parlamentares, o que contribui para a crescente fragmentação dos opositores,
com vistas às eleições de 2026 e 2028.
A
ausência de Ana Paula do debate político levanta dúvidas sobre sua real
intenção de se consolidar como candidata natural para 2028. Isso também põe em
xeque a competência e atuação de sua assessoria política. Durante o episódio do
incidente no mercado municipal, a candidata não se manifestou e manteve
distância do ocorrido. Pior ainda: não esteve ao lado dos vereadores da
oposição e não divulgou nenhuma nota oficial nas redes sociais - ao menos, não
chegou ao nosso conhecimento.
Durante
esse episódio - o mais grave até agora na atual gestão - os dois vereadores de
oposição tentaram criar um fato político por meio da convocação de uma Sessão
Extraordinária. Caso tivesse ocorrido, essa sessão poderia ter gerado
consequências políticas graves, inclusive a possível instalação de uma Comissão
Especial de Inquérito (CEI), com alto potencial de desgaste para o governo.
No
entanto, a base governista agiu com rapidez e articulação, conseguindo barrar a
realização da sessão e, assim, neutralizando a tentativa de movimentação por
parte da oposição.
Ainda
assim, o fato de os vereadores oposicionistas terem conseguido reunir as
assinaturas necessárias acendeu um alerta quanto a articulação da bancada
governista no legislativo. A situação evidenciou uma possível falha de
articulação ou “inexperiência” de alguns vereadores, o que gerou especulações
sobre a existência de uma “mão invisível” tentando fragilizar o próprio
governo.
De
modo geral, a oposição segue fragmentada e mais reativa do que propositiva,
concentrando-se nas pautas do governo em vez de apresentar uma agenda própria
e, principalmente, de fazer o dever de casa. Enquanto isso, o prefeito
administra com relativa tranquilidade e vem avançando inclusive no planejamento
e articulação de sua sucessão.
Até
aqui, as oposições mostram-se extremamente fragmentadas e sem ações políticas
definidas para engajar sua base política - base que, no modelo atual, corre o
risco de se pulverizar e desaparecer. Quando ninguém falava, já alertávamos
sobre o surgimento dessa fragmentação que agora se tornou visível a todos.
Desta vez, o que está em jogo - e falamos aqui em primeira mão - é a própria
base política que sempre pertenceu a Gideão Mattos (in memoriam), a qual
pode ser cooptada por uma nova liderança fora do círculo político do
ex-prefeito.
Diante
desse cenário, é o governo quem dita o ritmo e demonstra força política. As
tensões em sua base estão relacionadas à disputa interna pela sua sucessão, e
não por pressões políticas vindas da oposição. Esse movimento, com foco em
2028, tem se intensificado nos dois principais escalões do governo - um
processo político que independe da oposição, a qual assiste a tudo sem poder de
interferência.
E
falando em sucessão...
A
definição de um sucessor político, vindo das camadas populares, não deve
ocorrer por meio de anúncios formais em palcos de festas juninas, como sugerido
por algumas publicações nas redes sociais. Isso porque o nome que vem sendo
cogitado não pertence a alta burguesia da cidade, exigindo, portanto, uma
apresentação mais cuidadosa e inteligência política.
Quem acompanha a política local com olhar crítico já percebe que a construção do sucessor está em curso, visível na constante presença dessa figura ao lado do gestor em agendas institucionais, viagens e decisões relevantes. O prefeito tem conferido a essa liderança um status diferenciado, permitindo-lhe, em certas ocasiões, “falar em seu nome” e consultando-a com frequência em pautas estratégicas da administração.
Esse movimento indica que o processo sucessório vem sendo conduzido de forma estratégica e, por isso, eficaz. A ausência de uma apresentação formal em uma festa junina, como foi especulado, parece refletir uma escolha inteligente para evitar repercussões negativas e consolidar o nome de maneira orgânica e gradual perante a opinião pública.
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Será que ana paula será candidata em 2028? se depender dos seus vereadores acho que não kkkkkkkkkkkkkkkkk
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