O prefeito Eduardo Hagge levou um recado duro e histórico da Câmara Municipal, na terça-feira (19/8), que tem repercutido no mundo político. Uma derrota política abalou os alicerces de sua jovem gestão, com menos de oito meses, e expôs a fragilidade de um governo que se vê, agora, à deriva e sem comando. A mensagem dos vereadores, inclusive de sua própria base, foi cristalina: sem maioria, não se governa.
Pela primeira vez na história do município, vetos de um prefeito foram derrubados. E o golpe não veio da oposição organizada, mas de dentro da própria casa. A base aliada do prefeito rachou de forma brutal, humilhante, transformando o plenário em um palco de sua maior derrota política. O placar final de 8 a 6 contra os vetos mostrou que o jogo virou. Quem mandava, não manda mais.
O estopim foi a derrubada do veto ao projeto “Marmita Solidária”, do vereador Valquirio Lima, o Valquirão (MDB). Um projeto social popular, de apelo fácil e difícil de ser combatido publicamente. Prova disso, são parlamentares mais alinhado ao prefeito que sofreu, na pele, o desgaste político de ter votado a favor de um veto que nega comida a quem tem fome. Enquanto vereadores do MDB, mesma legenda do prefeito, como Valquirão, Telê, Peto e Tarugão cruzaram o assoalho e se aliaram à oposição e partidos aliados, uma debandada que dilacerou a base de apoio do prefeito, mostrando que os acordos que sustentavam seu governo se desfizeram como um castelo de cartas.
O prefeito ficou isolado, e se vacilar perde o poder para controlar os rumos da cidade. Os aliados de ontem agora ditam as regras do jogo, e a moeda de troca é clara: cargos, atenção e espaço na Prefeitura.
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