Ministro estaria traçando perfil para companheiro de chapa.

A deputada estadual Virgínia Hagge (PMDB), ex-prefeito Ricardo Souto (PMDB) e o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) pode ter já definido o perfil (ou não) do candidato ideal para compor sua chapa como vice-governador na eleição de 2010. Isso partindo do princípio que ele, Geddel, já cravou em sua mente ser este o seu principal projeto político para o próximo ano. A 19 meses do pleito, tempo suficiente para se recriar o mundo pelo menos 76 vezes (Deus o fez em apenas uma semana e ainda descansou no último dia) tudo o que se disser agora pode ser alterado daqui a duas primaveras. Na semana passada, o ministro declarou à Tribuna da Bahia que vai para a luta. Sua disposição inicial é enfrentar o governador Jaques Wagner nas urnas. Ele, na verdade, repetiu o que já havia dito e escrito há mais de um ano. Mesmo assim, suas palavras provocaram uma revolução. Por questões óbvias, enquanto estuda o terreno político e amplia os seus contatos, Geddel guarda dentro de si possíveis lances futuros que selarão sua caminhada, com toda a parafernália política que dispuser no momento, ao Palácio de Ondina. Talvez seja obrigado a um recuo estratégico, já que o jogo é dinâmico e as situações são imprevisíveis. O ministro não precisa dizer mas seus hipotético vice precisa, necessariamente, reunir qualidades fundamentais e, de preferência, poucos defeitos. Não se faz uma feijoada sem os ingredientes indispensáveis. Não se consegue também ganhar uma campanha sem entusiasmo e vibração. Candidato e eleitor são um "bicho" que se atraem pelo cheiro, pela empatia, pelo abraço sincero mas sobretudo pela confiança. O eleitor quer ouvir do candidato mais do que seus planos e programas, mas palavras de conforto e de fé. E quer vê-lo respaldá-lo num vice que tenha história, que colecione um passado reconhecidamente de serviços prestados à população. Há exceções. Há governante cujo carisma e identificação com a população dispensa qualquer vice. O PMDB baiano se agigantou. Geddel soube fazer-se seu líder natural e credenciou-se a disputar o governo da Bahia. Há, em torno dele, partidos relevantes, mas há necessidade de reconhecer que nenhum deles tem a dimensão do PMDB. Mas será entre esses aliados que os peemedebistas içarão o vice que vai comer areia e barro por Estado afora durante a campanha. Um detalhe: trata-se apenas de especulação. Portanto, mama-se sem chorar, sem verter sequer uma lágrima. Se a eleição fosse amanhã de manhã e Geddel precisasse pedir um café para dois quem ele convidaria para sentar ao lado e depois colocar os pés na estrada?

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