A fogueira está queimando Rosemberg.

Não se observa nenhuma novidade no escândalo - que chega com muito atraso - envolvendo gastos da estatal Petrobrás para financiar a "cultura" das fogueiras juninas na Bahia. De há muito o nome do ex-gerente de Comunicação da empresa, Rosemberg Pinto, aparece como mentor da distribuição de verbas que, também de há muito, se sabia que tinha carimbo político, a princípio destinadas às prefeituras da Bahia e de Sergipe. Agora, a Petrobrás se defende e afirma que o cidadão, que era responsável pela gerência de comunicação do Nordeste, está fora do setor. Hoje, ele assessora a presidência da Petrobrás, no Rio. Se Rosemberg, agora, "está fora", sem dúvida foi o autor intelectual da estranha descoberta de que fogo dá voto, que queimar fogueira alegra os eleitores que, como é da tradição, as saltam e se tornam compadres. A mídia do sul do País está no rastro. O escândalo explodiu na Assembléia Legislativa da Bahia, chegou ao gabinete do líder petista Paulo Rangel, que teria uma assessora envolvida. As labaredas alcançam a vice-presidente do PT na Bahia e, enquanto isso, a oposição se diverte soltando adrianinos e rojões. O funcionário Rosemberg, elegeu um irmão prefeito e tem pretensões políticas na Bahia, que podem ficar incineradas com a madeira seca das fogueiras que ele espalhou, aqui e acolá, principalmente em Itapetinga (que nada tem a ver com a Petrobrás) mas é foco dos seus interesses eleitorais. Estão entre as labaredas a vice do PT, Aldenira da Conceição Silva, e Dorinha da CUT, que tem trânsito livre na legenda. As ONGs encarregadas de "contratar" empresas para queimar madeira têm sedes duvidosas, posto que, segundo reportagem, muito bem construída por “A Tarde”, no local ninguém atende. É fantasma, sem dúvida. Com o escândalo da fogueira e como fogo não casa com a estatal do petróleo, é muito provável que o São João do interior baiano fique menos iluminado e os compadres da fogueira comendo milho cozido, ao invés de assados.

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