Com o secretário Jorge Solla, deputada Virgínia Hagge e médicos discutem a contratualização do Hospital Cristo Redentor

Virgínia Hagge e os Drs. Sílvio Macêdo e Sizínio Galvãa Jorge Solla e Wagner
Fruto do último encontro com o governador Jaques Wagner, a deputada Virgínia Hagge reuniu-se com o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla. Na pauta do encontro um único tema: a grave situação enfrentada pelo Hospital Cristo Redentor (HCR) em Itapetinga e como a Sesab pode ajudar para que a unidade médica não feche suas portas. Da reunião também participaram os médicos Sílvio Cléber Macêdo (ex-diretor do hospital), Arnaldo Teixeira (diretor-médico) e Sizínio Galvão (vice-provedor que representou o Dr. Rubens Moura, provedor-presidente da unidade). Logo no início da audiência, a deputada Virgínia expôs a grave situação enfrentada pelo Cristo Redentor que, ameaçado de encerrar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), vai afetar diretamente a população mais pobre da microrregião no entorno de Itapetinga composta de 10 municípios. “Trata-se de uma questão que não cabe partidarismo. Estamos diante de uma situação grave e que, juntos, precisamos encontrar uma saída urgentemente”, destacou a deputada para o secretário Solla e o assessor da Sesab, Sílvio Brito. “Sabemos que o ideal seria o nosso hospital regional, mas quase 20 milhões para sua construção de imediato agora é tarefa difícil por conta do caixa do estado”, completou a deputada.O detalhamento do quadro das dificuldades da unidade médica foi também feito pelos médicos Sílvio Macedo, Arnaldo Teixeira e Sizínio Galvão. De referência reconhecida, a situação do principal hospital de Itapetinga agrava-se a cada dia. Na raiz de seus problemas está a questão da cobertura de seus custos, particularmente os procedimentos que são pagos pelo SUS. “Infelizmente essa remuneração, que em valores são praticamente a mesma praticada há mais de uma década, não tem acompanhado o crescimento da população da nossa microrregião com seus 10 municípios”, explica o Dr. Sizínio Galvão. “Na verdade, a parte privada é que está subsidiando o atendimento do SUS e essa situação não tem como durar muito tempo”, alertou o Dr. Arnaldo Teixeira. Conforme os dois médicos os dois médicos, o custo médio mensal com a rede pública varia entre R$ 110 mil, sendo que apenas um terço desse valor é pago pelo SUS. Informação recente da Confederação Nacional das Santas Casas coincide com o alerta feito pelos médicos: desde 1994, os custos hospitalares aumentaram 366%, enquanto a tabela do SUS teve reajuste de apenas 37%. E é essa a situação do Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga. A grave situação financeira do HCR também tem gerado evasão de profissional para outros hospitais da região. “O outro lado dessa crise é migração de médicos e enfermeiras que saem de Itapetinga atrás de melhor remuneração para, por exemplo, Iguaí e Vitória da Conquista. Os baixos salários dos profissionais impedem sim um bom atendimento”, destaca do o Dr. Teixeira.

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