Lúcio Vieira Lima: Geddel é candidato a Governador na Bahia

Lúcio Vieira Lima(PMDB)
O site Terra Magazine recebeu no início da tarde desta terça-feira, 14, um telefonema de Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB da Bahia e irmão do ministro da Integração Nacional do governo Lula, Geddel Vieira Lima. De todo o teor da conversa, trataremos a seguir, mas, antes, um resumo da ópera. O irmão de Geddel, seguramente falando também por ele, comunicou sem meias palavras: - Geddel é candidato ao governo da Bahia pelo PMDB. E o PMDB terá na Bahia, portanto, dois palanques para a candidata Dilma Rousseff.
Veja a entrevista: Terra Magazine - Boa tarde, o que o senhor gostaria de dizer? Lúcio Vieira Lima - De fato, eu, Geddel e o governador nos encontramos há três semanas e tivemos uma conversar amena, cordial. O governador Jaques Wagner (PT) colocou então que era intenção dele manter a aliança e todos caminharmos juntos. Disse também que havia muita fofoca de ambas as partes. E disse ainda, e isso é importante, algo diferente do que está na sua entrevista hoje... E qual é a diferença? Na entrevista, ele te diz que Geddel teria manifestado preocupação porque, numa eventual candidatura a senador, mesmo mantida a aliança, ele poderia ter o PT contra ele. Não foi isso o que aconteceu. Bem, então nos conte...Depois que o governador falou das fofocas e das intrigas de parte a parte e valendo-se de uma frase da própria primeira dama Fátima Mendonça no programa do Mário Kertész (da Rádio Metrópole) ainda no início do governo - "O pau que dá em Chico, dá em Francisco" -, Geddel disse ao governador nessa conversa: "Se por acaso o PT não votasse em mim para senador, o PMDB não votaria em você para governador". Importante dizer que isso foi dito em resposta às palavras do governador. O que preocupa o ministro Geddel agora? Nada preocupa. Apenas as bases querem a candidatura. A política é cheia de mistérios e sutilezas, mas, aqui para os mortais comuns, Geddel e o PMDB romperam ou não romperam? Vai sair ou não vai sair do governo? Não nos cabe deixar ou entrar em governo. O fato é que Geddel é candidato, fato é também que o PMDB não pediu cargo algum. Não há carta alguma nesse sentido, quem nos convidou para o governo foi Wagner, ele tem o poder, ele demite ou mantém quem ele quiser. E mais, nesta nossa conversa, o governador declarou que entendia esses encontros do PMDB e que era importante para o partido, mas que uma coisa o chateava... O quê? É que nesses encontros nenhuma voz defendia o governo. Geddel disse a ele. Wagner, os encontros são abertos, ninguém controla os prefeitos, os militantes e suas manifestações. Cada um se inscreve e diz o que quer. E aí disse também o principal... Ou seja...Assim... "Wagner, para não dizer que amanhã que eu agi com deslealdade, eu quero dizer que você me tenha como candidato a governador". E, claro, a partir desse momento os cargos estavam à disposição. Mas os cargos estão sempre à disposição do governador...Então ele que tire. Então, a manchete é?Geddel é candidato ao governo, o governador que mantenha ou tire quem quiser e, muito importante, o PMDB vai ter aqui na Bahia o segundo palanque para Dilma Rousseff. Por que os secretários indicados por você não pedem demissão, já que essa é uma das práxis?Não vamos pedir demissão. Isso é uma questão interna do partido, o governador que tome a atitude que bem entender. Nós vamos nos limitar a ler o Diário Oficial. Por último, quero ressaltar novamente uma coisa que é importante. O que é? Geddel não se queixou que o PT poderia não votar nele. Foi Wagner quem colocou isso naquela conversa amena. Segundo: ele é candidato e Dilma terá aqui outro palanque. A candidatura é irreversível? Ele é candidato, quanto a esse termo irreversível isso depende de coisas maiores. Luis Eduardo Magalhães, por exemplo, era candidato irreversível e Deus o levou.Finalizou.

Comentários