Apesar de o PT resistir à idéia de que o governador Jaques Wagner possa estar por trás da “Operação Expresso”, que prendeu na última terça-feira um importante aliado do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), governistas avaliam, de maneira geral, que, em seu primeiro momento, a ação teria ferido de morte a candidatura a governador do peemedebista.A publicidade dada ao fato de o irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB baiano, ter sido citado no inquérito policial em decorrência de uma inferência dos investigadores – seu nome não apareceria expressamente em nenhum momento, segundo as escutas telefônicas – é considerada por eles como o maior golpe que o ministro levou na Operação.“Lúcio pode não ter culpa nenhuma, mas a imagem que colocaram sobre ele vai demorar de sair e o fato, naturalmente, será usado contra o ministro numa eventual campanha”, disse um importante deputado do governo. Segundo a mesma fonte, o efeito do noticiário sobre Geddel seria devastador porque o assunto sensibiliza principalmente a classe média.Segundo pesquisas do governo, diz a mesma fonte, trata-se da faixa do eleitorado em que o ministro enfrentaria seu maior índice rejeição e, em contrapartida, tentaria crescer. Para um petista o desgaste sobre o ministro deve aumentar na medida que, em sua opinião, possam vir a público novos dados sobre a investigação.Em sua avaliação, caso nada fique provado contra os aliados do ministro, entretanto, o efeito pode ser o contrário, prejudicando imensamente a imagem do governo. Neste caso, observa, Geddel sairia vitimizado e a argumentação do PMDB no sentido de que a “Operação Expresso” teve caráter político, com o objetivo de eliminar a candidatura do ministro, seria comprovada.
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