O grande lance é o modus operandi, que pode nos ensinar algumas lições: atuando junto com o ex-secretário de saúde, Lúcio de Oliveira França, o então prefeito Júnior Dapé embolou o dinheiro da Saúde (R$ 7 milhões) que deveria ser recebido através das 12 contas do Fundo Municipal de Saúde, com o restante da verba recebida pelo município numa única conta.
Com ‘tudo junto e misturado’, ficou fácil enganar a fiscalização. “A secretaria possuía 12 contas para recebimento de recursos, mas os dois movimentavam o dinheiro por meio da conta geral do município, com o objetivo de misturar a verba da saúde com os recursos municipais, dificultando assim a fiscalização da aplicação do dinheiro”, observa o promotor Bruno Gontijo.
A fraude foi descoberta porque a voracidade da dupla foi grande. Segundo o promotor, eles chegaram a atribuir a duas psicólogas, seis fisioterapeutas e algumas enfermeiras o número “exorbitante” de 605.739 procedimentos no período de menos de um ano pelo valor de R$ 2 milhões. “Este número de procedimentos supera o detectado em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro”.
A traquinagem foi constatada entre abril e dezembro de 2006, e foi detectada durante auditoria da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) em Itabela. O ex-prefeito já foi preso anteriormente, também por envolvimento em esquemas com o dinheiro público.
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