Geddel quer virá o ''NOVO ACM"

O jornal Folha de São Paulo publicou matéria nesta segunda-feira (28), reproduzida pelo site Bahia em Pauta, mostrando o ministro da integração Nacional, Geddel Vieira Lima, como candidato a herdeiro político do carlismo na Bahia.

Segundo o jornal, o ministro peemedebista intensifica as viagens pelo estado, distribui recursos a aliados e aumenta as aparições públicas para tentar ocupar o vácuo eleitoral deixado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007.

Com distribuição de recursos a aliados e influência em meios de comunicação, Geddel estaria seguindo estratégia parecida à de ACM durante a hegemonia do carlismo na Bahia.

68% das verbas para prefeitos do PMDB

Das verbas do Ministério da Integração Nacional destinadas ao Estado, 68% do total foi repassado por convênios a prefeituras do PMDB. De acordo com Geddel, que comanda o ministério desde março de 2007, os critérios são técnicos.

Na mídia todo dia

Ainda segundo a Folha de São Paulo, sem dispor de um império midiático como ACM (com canais de TV, rádio e jornal impresso), Geddel criou um jornal partidário, virou comentarista semanal na rádio Metrópole – do ex-prefeito carlista Mário Kertész – e exerce forte influência sobre alguns blogues no interior baiano.

Recentemente o Ministério da Integração agraciou alguns sites, blogues e jornais impressos do interior baiano com mídia institucional.

Agenda política

Para fortalecer sua candidatura a governador, Geddel intensificou a agenda de inaugurações de obras no interior. Em média, são visitados quatro municípios por final de semana.

Mal na pesquisa

Apesar de todo esforço, o ministro ficou em terceiro lugar na primeira pesquisa Datafolha. Na pesquisa feita em dezembro, Geddel aparece com 11%, atrás do governador petista Jaques Wagner (39%) e do ex-governador carlista Paulo Souto (DEM), com 24%.

O mapa político da Bahia

Nas eleições municipais do ano passado, o PMDB baiano conquistou 115 das 417 prefeituras, um crescimento de quase cinco vezes em relação a 2004, quando o partido havia vencido em apenas 20 municípios. O partido cresceu principalmente com a adesão de políticos ligados ao carlismo. Por outro lado, entre 2004 e 2008, o número de prefeitos do DEM, que era o partido de ACM, caiu de 153 para 43.

A matéria da Folha traz ainda uma declaração do deputado Marcelo Nilo (PDT), presidente da Assembléia Legislativa, que afirma ser em vão todo o esforço do ministro Geddel, porque 78 prefeitos do PMDB já declararam que apoiam a reeleição de Wagner.

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