FUSãO ENTRE PPS E PSDB é INCIPIENTE

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Foto: Google

Roberto Freire quer revisão nos partidos oposicionistas
A possível fusão entre o PPS e o PSDB, que ganhou o noticiário nacional nesta segunda-feira (15), é considerada pelos dois partidos como uma proposta ainda incipiente. O presidente nacional do PPS e deputado federal eleito, Roberto Freire (PPS-PE), foi procurado pelo futuro senador paulista, Aloysio Nunes, que lhe fez a proposta de junção das siglas. O argumento é o de que, unidas, as agremiações teriam maior poder no Congresso. Os tucanos elegeram 53 deputados e 11 senadores, enquanto o Popular Socialista fez 12 deputados e um senador. Em entrevista ao BN, contudo, Freire disse que não há nada concreto sobre a proposta. “Não há nenhuma negociação. Mas normalmente, depois das eleições, se discutem essas coisas. A verdade é que foi formado um grande bloco de 202 deputados (encabeçado pelo PMDB) e isso muda tudo. Como é que vai ficar? A oposição tem que analisar esse cenário, inclusive o PV, que não vai se integrar a nenhum dos blocos. Vamos ter uma Câmara de grandes blocos”, apostou.
(Evilásio Júnior)
ROBERTO FREIRE DEFENDE CRIAçãO DE NOVO PARTIDO

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De acordo com Roberto Freire, o projeto que pode ser discutido é o da criação de um novo partido social-democrata, que tenha mais força na política nacional. Entretanto, a iniciativa, segundo ele, deve partir do PSDB, apesar da possibilidade de o avanço dos tucanos nos estados, com a eleição de oito governadores, gerar obstáculos. “Nesse momento, não tem fusão liderada por um partido pequeno. Não pode haver fusão com o PPS. Tem que partir do PSDB. O que deseja-se saber é se o PSDB está comprometido com a criação de um grande partido de esquerda democrática no país. Juntar por juntar não precisa. Ou se tem clareza ou não tem. A social democracia de esquerda pode crescer. Se isso interessar, a gente discute. É um debate que vai ter que ser feito pelo PSDB, se achar preciso fundar uma nova coisa. Acho que a oposição tem que fazer revisão e o PPS está aberto a esse debate”, admitiu. Em relação ao outro parceiro, o DEM, que perdeu representatividade no Congresso e teve a cogitação, inclusive, de unir-se ao PMDB em uma nova sigla, Freire argumenta que a estratégia de arrebatar a fatia da direita do eleitorado é acertada.  “Eu torço para que o DEM se transforme em um partido voltado às políticas liberais e visões mais conservadoras. Para o Brasil é bom”, opinou.

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