EXCLUSIVO: Com vitória à UPB, Caetano larga à frente no PT para sucessão de Wagner em 2014

Luis Caetano e Jaques Wagner


O ditado diz que a história não se repete, mas não é imprudente dizer que Luis Caetano, ao dia de hoje, larga com uma frente considerável sobre os demais concorrentes no PT para a sucessão de 2014 com a vitória à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), confirmada à tarde.
O prefeito de Camaçari havia sonhado com o comando da entidade desde 2009, quando foi batido pelo peemedebista Roberto Maia, apoiado pelo então ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), numa das primeiras lutas em que se opuseram no Estado PT e PMDB.
Na época, digerida a derrota por 12 votos, Caetano teria deixado escapar para interlocutores que lamentava não ter sentido empenho suficiente na campanha para o comando da entidade por parte do governador Jaques Wagner, uma situação que nunca foi confirmada ou explicada por nenhum dos dois.
Dois anos depois, quando Wagner não pode mais ser candidato à própria sucessão e ainda não definiu quem apoiará para sucedê-lo, a presença de Caetano no comando da UPB, guardadas as condições normais de temperatura e pressão, deve impô-lo como o primeiro grande player no PT com vistas ao próximo jogo sucessório.
Menos pelo papel institucional da entidade do que pela reconhecida capacidade do prefeito de Camaçari de transformar qualquer mesinha de plástico num palanque e de buscar envolver e mobilizar todos aqueles com que pode se relacionar quando se defronta com uma meta eleitoral.
O exemplo mais forte de que a UPB representa um capital político que não se despreza é o do ex-governador Nilo Coelho, cuja força para ser escolhido vice do então candidato ao governo Waldir Pires veio da passagem pelo comando da entidade e da relação privilegiada que ela permite com prefeitos e Prefeituras.
Os tempos são outros, mas o gás que Caetano deu pela campanha à UPB, auxiliado de perto, entre outros, pelo deputado federal eleito Josias Gomes, que ajudou nas últimas eleições à Câmara, mostra que desde o princípio ele nunca viu a entidade como uma mera mesinha de plástico.       (Raul Monteiro/Politica Livre)

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