VEREADORES DO PMDB PODERÃO SE OPOR A JH

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Foto: Secom

Mesa de reuniões de JH no Palácio Thomé de Souza envolvida em lona
A bancada de vereadores do PMDB em Salvador terá uma reunião, na próxima semana, em que deve ser decidido o posicionamento de oposição ao prefeito João Henrique, que comunicou desfiliação da sigla. De acordo com um integrante da base, o receio dos edis é o de que o partido os puna com a perda da legenda nas próximas eleições, uma vez que eles concorrerão à reeleição, e não seria vantajoso comprar a briga em favor do alcaide que, obrigatoriamente, deixará o Palácio Thomé de Souza em 2012. Conforme outra fonte da agremiação, a preocupação já chegou a JH, que, nesta terça-feira (18), teria solicitado que um intermediário contatasse o diretório municipal para sondar o posicionamento dos seis peemedebistas no Legislativo. Recentemente, a efêmera passagem de Alfredo Mangueira pela Casa Civil foi marcada também por uma ameaça do PMDB, que o obrigou a se afastar do partido para não correr o risco de ser expulso. Ele alegou falta de autonomia e passou apenas 24h no cargo. A perda do apoio dos vereadores facilitaria que a rejeição das contas de 2009, pelo Tribunal de Contas dos Municípios, seja ratificada na Câmara, o que significaria a inelegibilidade por oito anos do gestor. O novo presidente do PMDB estadual, Fábio Mota, confirmou ao Bahia Notícias que haverá o encontro, mas negou que já haja posicionamento pré-definido. “Meu primeiro ato será o de convocar os vereadores para discutir a situação do PMDB municipal. Vou ouvir o que eles têm a dizer e vamos deliberar em conjunto. Salvador está acima do prefeito e acima do partido. Vamos votar o que for bom para Salvador, mas vamos discutir com o diretório o posicionamento com a prefeitura. Vamos fechar questão”, salientou. Mota foi secretário municipal de Serviços Públicos e, após o afastamento entre o deputado federal Geddel Vieira Lima e JH, teria sido retaliado no cargo, até ser demitido por telefone no último dia 4 de janeiro.
(Evilásio Júnior/BN)
APóS PV, PP E PDT, PTB E PR FECHAM PORTAS A JH

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Foto: Tiago Melo/BN
A malograda situação política do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, suspenso pelo PMDB por 90 dias, não tem sido atraente para que outros partidos queiram ter em seus quadros o gestor da terceira maior capital do país. Após a possível adesão ao PV minguar, o alcaide tentou bater à porta do PP, mas não conseguiu guarida. No PDT, sua ex-legenda, embora o deputado federal Marcos Medrado tenha admitido “flertar” com o alcaide, o colega de Câmara, Félix Mendonça Júnior, deixou claro que JH ainda é persona non grata para muitos. Com o PMDB, o divórcio já foi instituído oficialmente. Após, nesta terça (18), no programa Acorda pra Vida, da Tudo FM, o presidente municipal do PTB, Antonio Brito, afirmar que o ingresso de João em sua legenda “não é salutar”, agora foi a vez de o PR negar abrigo para o prefeito. “Não tem nada a ver (a adesão de JH)”, rechaçou o comandante estadual republicano, senador César Borges. No ninho tucano, pelas recentes declarações do seu antecessor, Antonio Imbassahy, que preside o PSDB no estado, não há lugar para Carneiro. Sem muitas opções, comenta-se nos bastidores que a saída de JH é ingressar no PSC, sigla da primeira-dama da capital, deputada Maria Luiza. Lá, ele não tem a rejeição do chefe Eliel Santana e ainda será afagado pelo seu contumaz protetor na Câmara, Alberto Braga. (BN)

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