RAIO LASER - QUARTA-FEIRA - 09.02.2011
SOS Salvador
O grupo de vereadores de Salvador que se articula sob o movimento “SOS Salvador” causou ontem grande confusão em Brasília, onde visitou vários deputados federais, senadores e o ministro das Cidades, Mário Negromonte, buscando aprofundar a discussão sobre os problemas financeiros e administrativos da cidade. Apesar da preocupação exibida por todos com relação à capital, uma das grandes questões levantadas diz respeito à questão da gestão do município. Trocando em miúdos: todos se disponibilizam para ajudar. O problema é como ter a certeza de que a ajuda será bem aproveitada.
De saída I

O ex-deputado federal Luiz Bassuma (PV) se reuniu no final de semana com aliados para discutir sua saída do Partido Verde. O estopim para a ruptura do ex-candidato ao governo pode ser atribuida também à possível filiação do prefeito João Henrique no PV. Antes, no entanto, Bassuma já havia demonstrado descontentamento com o comando da legenda na Bahia.

De saída II
“A gestão do partido (PV) é feita sem democracia e sem transparência. O PV tem uma imagem externa muito boa, mas precisa amadurecer. Parece até que os dirigentes, os poucos que têm voz ativa, querem que o partido seja sempre tratado de uma forma menor na Bahia. Nós, comuns mortais, não temos nenhuma influência”, disse Bassuma ao BocãoNews.
Prioridades

“Assumo o mandato de deputado federal com uma saudação ao povo da Bahia e ao povo brasileiro. E o faço não como um exercício de formalidade parlamentar, nem como uma espécie de repetição fundada no senso comum. Essa saudação é também quase uma celebração, celebração que me vai na alma”, disse o deputado Emiliano José (PT) em seu primeiro discurso na Câmara Federal.
Belezol

Ao encontrar-se ontem, na Orla, com dois jornalistas, assessor do parlamentar baiano que ganhou o epíteto de “Inferno na Torre” confirmou que a recauchutagem que o político resolveu fazer nos olhos e na cabeça está longe ainda de ter o efeito belezol pretendido. Que peninha!
Articulação

O comando nacional do PSB decidiu abrir negociações para atrair o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para o partido. O prefeito deverá conversar hoje com o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, sobre uma eventual mudança para a sigla. Além de Kassab, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), deverá participar da conversa. Para tentar evitar a saída dos dois, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto, abriu na segunda uma rodada de conversas com os possíveis dissidentes. Em ritmo intenso, visitou Colombo em Santa Catarina e ouviu do governador que ele pode manter sua filiação. Amanhã, Neto deverá almoçar com Kassab em São Paulo.
UPB

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Luiz Caetano (PT), visitou ontem o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Desenbahia e a Superintendência da Caixa Econômica Federal (CEF). O gestor convidou todos os órgãos para participar, no próximo dia 23, do encontro com prefeitos de toda a Bahia para elaboração do planejamento estratégico da UPB. O objetivo do presidente é “estreitar relações para fortalecer a gestão municipalista”.
União

A intenção de partidos opositores de instalar uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar Furnas está, neste momento, descartada. A análise é do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB). "O ambiente é absolutamente desfavorável para prosseguir com o recolhimento das assinaturas. Estou aguardando que se modifique", afirmou o deputado, que precisa de 171 nomes a favor das investigações. Imbassahy alega que desde que o governo agiu com "mão pesada" junto à sua base parlamentar para evitar qualquer apoio às CPIs neste início de governo Dilma, a aprovação da Comissão sofreu um revés.
Indignação

A líder do PT na Câmara, vereadora Vânia Galvão, demonstrou indignação com a atitude da sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu que é cabível a suspensão condicional do processo nos casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres. A decisão impacta diretamente na aplicação da Lei Maria da Penha. “Retrocesso e uma atitude inaceitável. Brigamos para que a Maria da Penha fosse aprovada e para que ela fosse cumprida, e agora, uma atitude como essa faz todo esforço cair por água abaixo", disse a líder petista.
Parcimônia

Apesar de as declarações do presidente Marcelo Nilo (PDT) terem gerado fortes burburinhos nos bastidores da Assembleia Legislativa ontem, o novo líder do governo na Casa, deputado Zé Neto (PT), a quem as duras palavras foram dirigidas, disse que não irá dar resposta. “Estou concentrado agora no objetivo de discutir as questões da bancada, a composição e as indicações das comissões para que possamos fortalecer o projeto do governador Wagner. Não vou dar margem a isso. Vamos trabalhar para que os debates desta Casa aconteçam dentro da parcimônia”, disse.
Ação

O deputado Capitão Tadeu (PSB) enviou um comunicado ontem à imprensa destacando que sua posse só foi possível por força de um mandado de segurança impetrado pela advogada do Observatório da Cidadania e do Cenajur, Cristiane Sandes. Tadeu lembra que através de um recurso junto ao TSE, foram computados os 13.000 votos do candidato Wank, de Juazeiro, o que possibilitou o seu ingresso, provisoriamente, até que se julgue o processo definitivamente nos próximos meses.
Possibilidade I

Uma disputa entre os deputados federais João Leão (PP) e Nelson Pelegrino (PT) pela coordenação da bancada baiana no Congresso pode resultar na escolha do colega Daniel Almeida (PCdoB) para o posto, que era exercido na legislatura passada pela ex-deputada e agora senadora Lídice da Mata (PSB). Ante o interesse de Pelegrino e Leão de assumirem a coordenação da bancada, o nome de Almeida surgiu como uma terceira via que poderia evitar um racha entre o PT e o PP, os dois principais partidos da base de apoio ao governo Jaques Wagner na Assembleia Legislativa.
Possibilidade II

Segundo um integrante da bancada baiana, vários deputados temem o que chamam de “gana” do PT em assumir quase todos os postos políticos disponíveis, inclusive na Câmara dos Deputados, motivo por que a escolha de um parlamentar de outro partido seria bem-vinda. Para evitar um racha na bancada, ele diz concordar com o movimento segundo o qual a melhor opção seria a escolha de um nome alternativo para o posto, a exemplo do de Almeida.

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