SEIS MILHÕES DE BAIANOS CONSOMEM CARNE SEM FISCALIZAÇÃO ADEQUADA

Em Itapetinga, 'capital da pecuária baiana', o abate clandestino e a comercialização inadequada de carnes continuam sendo praticados livremente, nas barbas da Adab, Vigilância Sanitária e Ministério Público, que só ameaçam, mas nada fazem. A Portaria 304 do Ministério da Agricultura (de 1996) nunca foi aplicada no município
A TARDE
A reportagem do jornal A Tarde flagrou, em um único final de semana, situação de total informalidade no abate, tratamento, distribuição e venda de carne vermelha em municípios do interior da Bahia. Sem controle sanitário, o produto traz riscos à saúde da população, exposta a infecções, diarreias e botulismo.
É uma vulnerabilidade que alcança seis milhões de consumidores na Bahia, cerca de 43% dos 14 milhões de habitantes do Estado, segundo cálculos do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sincar), disponíveis em relatório sobre produção bovina baiana publicado este ano.
O relatório revela que mais de 215 mil toneladas de carne bovina são provenientes de abate clandestino ou ilegal.  No ano passado, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) contabilizou 1,11 milhão de bovinos abatidos em frigoríficos inspecionados, o que representa 51,4% dos 2,14 milhões de cabeças de gado prontas para abate (o chamado desfrute, calculado em 20,4% pelo IBGE e a empresa Scot Consultoria) em 2010 no Estado. O restante, 1,03 milhão de cabeças de gado, teria sido abatido. Leia Mais…

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