Campanha na TV mudará cenário eleitoral em 15 dias


Candidatos e especialistas avaliam que, mais do que os programas em blocos de meia hora, as inserções de 30 segundos ao longo do dia são as que podem decidir eleição.Começou hoje o horário eleitoral gratuito em rádio e TV. Para especialistas e políticos, esse é o começo real de qualquer campanha, especialmente no caso das municipais. O cientista político Antonio Lavareda explica que em nenhuma outra disputa, nem mesmo nas presidenciais, os candidatos ocupam tanto tempo como os “prefeituráveis” na telinha. A explicação é simples. Não há nesse caso outras campanhas majoritárias dividindo o espaço. São 30 minutos dedicados apenas aos postulantes dos municípios.A reportagem do Brasil Econômico ouviu políticos e técnicos para saber quais serão os reflexos e as estratégias dos candidatos nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Marqueteiros e dirigentes das três cidades apontam alguns consensos.O primeiro: as inserções de 30 segundos divididas ao longo do dia são muito mais valiosas do que o comercial de 30 minutos que começa antes da novela. “Elas são mais importantes porque entram no meio da programação”, diz Edson Aparecido, coordenador da campanha de José Serra em São Paulo. “Hoje o eleitor tem muitas fugas no horário eleitoral: internet, cabo, DVD. Já os spots de 30 segundoS entram de surpresa no meio do Jornal Nacional”, concorda Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro.Outro consenso é sobre o impacto da TV nas pesquisas. Nos casos do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, os prefeitos que disputam a reeleição com um arco enorme de alianças e com um tempo muito maior que os adversários, já lideram as pesquisas.

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