Otto: 13º de servidores está garantido e orientação do PSD é votar pela rejeição das contas de JH

por Bárbara Souza

Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias

O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar (PSD), voltou a reclamar das dificuldades financeiras enfrentadas pela Bahia por conta das perdas do Fundo de Participação dos Estados (FPE), decorrentes, entre outros fatores da redução do IPI. Em entrevista ao jornalista Samuel Celestino, no programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM ’02,5, Otto afirmou que a Bahia perdeu R$ 158 milhões por causa da queda do IPI e R$ 72 milhões “para construção e manutenção de estradas”. Apesar da queixa, o vice-governador garante que o 13º salário dos servidores estaduais está garantido. “A Bahia não vai ter problema de ter que tomar dinheiro para pagar o 13º”, declarou. Mas o titular da Seinfra ressalta que os investimentos terão que “parar um pouco” porque quem administra “o pouco”, tem que saber definir prioridades. “E prioridade é pagar os servidores”, disse o peessedebista.  Ainda de acordo com Otto, atualmente a Bahia tem boa capacidade de endividamento – pode tomar empréstimo de valor superior a R$ 5 bilhões - “talvez seja o estado com a melhor situação fiscal do país”. A perspectiva é que os cofres do estado tenham reforço no próximo ano, caso a presidente Dilma Rousseff sancione o projeto aprovado pela Câmara Federal, que estabelece as novas regras de distribuição dos royalties do petróleo. “Se ela sancionar agora, já vai valer em 2013 e a Bahia pode ter um aporte em torno de 500 milhões de reais”, detalhou. Questionado sobre a posição do PSD, com relação à votação pela Câmara Municipaldas contas da Prefeitura de Salvador, rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), ele foi direto. “A orientação do PSD é que os vereadores vão votar, e eu acredito que eles farão isso, com o parecer do Tribunal [pela rejeição]”, disse Otto Alencar, que preside a legenda na Bahia.  Segundo ele, é “imperdoável” não aplicar o percentual definido por lei em áreas como educação e na saúde. Otto criticou ainda o fato de João Henrique ter extrapolado em “R$ 90 milhões” o orçamento definido pela Câmara e deixar “uma dívida de R$ 2,2 bilhões” para o prefeito eleito, ACM Neto (DEM). Ao qualificar como “temerária” a gestão fiscal do município no governo de JH, o vice-governador frisou que “não tenho nada contra a pessoa [João Henrique]”.