Rosemberg minimiza retirada de candidatura à presidência da AL-BA, mas critica reprodução de 'modelo carlista'
“A bancada não tinha outra decisão a tomar”. Foi dessa forma que o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) tentou resumir o contexto que levou a bancada petista a decidir pela retirada de sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia. Segundo o parlamentar, o bloco petista “entendeu que não fazia sentido” ter um candidato, ao optar por deixar o caminho livre para a reeleição do atual presidente da AL-BA, Marcelo Nilo (PDT). Ainda de acordo com o petista, em contrapartida, Nilo “sinaliza” que vai “abrir mão de uma candidatura na chapa majoritária em 2014". Ou seja, o pedetista não disputaria o governo da Bahia. A menos que? “Ele seja candidato de oposição ao governador Jaques Wagner, o que eu acho muito pouco provável”, declarou Rosemberg ao Bahia Notícias. O petista negou que a decisão de seus pares pela retirada de sua candidatura à presidência do Legislativo estadual tenha lhe deixado insatisfeito ou irritado. Questionado sobre por que afirmou, em post no Twitter, que “Espero que um dia possamos viver a verdadeira democracia", o parlamentar acabou por fazer críticas à falta de restrições à “reeleição indefinida” na Casa. “Cresci questionando o modelo carlista e no momento de praticar essa alternância, acho que isso (a reeleição sem limites) acaba ferindo o que a gente defendia antes”, disse Rosemberg, ao defender que é preciso acabar com o instituto da reeleição para que seja possível “exercitar uma posição de fato democrática na Assembleia”. Segundo ele, o titular da presidência terá sempre vantagem sobre qualquer outro candidato porque “a Casa está muito centrada na gestão administrativa”, o que confere fortes poderes ao mandatário. 

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