COLUNA: O PROFETA DA POLITICA DO BLOG DE ILHÉUS - A VOZ DA POLÍTICA


Por: PEDRO DE SANTA INÊS - Itarantiense, pastor na Assembleia de Deus em Jeremoabo-BA, foi presidente do Conselho Político das Assembleias de Deus na Bahia, foi secretário de Finanças da Prefeitura de Taperoá, é militante político desde a infância em 1982, escreve semanalmente às terças para o site A VOZ DA POLÍTICA. 

A FIDELIDADE DE OTTO

 Somente dois personagens podem atrapalhar o projeto de continuidade do poder do PT baiano: Otto Roberto Mendonça de Alencar e Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Neto. Como já mencionamos aqui anteriormente, ACM Neto muito provável e sabiamente, não alçará vôo arriscado com meio mandato, correndo-se o risco de cair em descrédito popular, tal qual seu parceiro José Serra (ex-candidato a tudo pelo PSDB paulista). A prudência, a que ele aprendeu aponta para aguardar apresentar como atrativos para o voto uma gestão de sucesso em Salvador, o que está em curso, mas muito longe de se concretizar. O caso de Otto é ainda mais difícil de se concretizar uma disputa contra a hegemonia petista, por algumas razões óbvias. Otto vê em Wagner não somente um aliado circunstancial, mas alguém que o inspira confiança, ao posto que ACM (o avô) o condenou ao esquecimento no Tribunal de Contas dos Municípios, Wagner o recolocou na vida política. Diga-se de passagem Otto era Governador da Bahia quando “aposentou-se”, numa época que todos os vice-governadores assumiam e se candidatavam a reeleição. César Borges renunciou para candidatar-se ao Senado e Otto, como vice assumiu. Paulo Souto disputou o governo. Ademais a truculência coronelista do carlismo, que já foi matéria de veja e que impunha a soberana vontade do dono da Bahia à época, amplia, em muito, a afinidade de Otto com Wagner e o PT. Otto hoje dirige o PSD, partido, com o segundo maior número de prefeitos na Bahia (http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/124160-com-92-prefeitos-eleitos-pt-lidera-ranking-na-bahia-recem-criado-psd-e-segundo-colocado.html) o que dificulta ainda mais sua adesão ao grupo sucessor do carlismo baiano. Estes 71 prefeitos e diversas lideranças regionais do Estado não querem se submeter a imposições, como em alguns casos o finado ACM determinava inclusive quem seriam os deputados que os prefeitos teriam que apoiar. A fidelidade de Otto é certa pela distância que ele quer ter do carlismo e do medo que os seus liderados tem desta nova fase voltar. É bom que se diga que ACM, o Neto,  quer demonstrar distância do carlismo, mas é difícil imaginar ACM, Neto, diferente de ACM, avô.
 O tempo o dirá se o profeta acertou…

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